Ubirajara Lima – Eu tenho 58 anos, sou casado, tenho dois filhos e dois netos. Trabalho há 37 anos como gerente regional da Caixa Seguros.
Bola- Como é sua relação com o Paysandu?
UL - Já trabalhei como diretor financeiro em 1991 e 92, na administração do Rui Sales, depois, retornei ao mesmo cargo, entre 2001 e 2004, na gestão do Artur Tourinho. Após isso, tive que ir para Porto Alegre, mas voltei para Belém.
Bola – Como surgiu a ideia de disputar as eleições do Paysandu?
UL – Foi depois da partida contra o Salgueiro, quando a gente viu a cara do torcedor, de sofrimento, assim como a nossa em casa, da minha esposa, dos meus filhos. Só que vimos que não tinha mais prazo e a ideia morreu. Depois disso, um grupo de advogados verificou que há essa maneira de inscrever, porque a alteração do estatuto não foi registrada em cartório.
Bola- Como é esse grupo?
UL – Eu sou o candidato a presidente, o Miguel Sampaio a vice, o doutor José Barros a presidente do Conselho Deliberativo, que já foi inclusive da comissão de construção das arquibancadas. O Pedro Crispino é candidato a vice-presidente do Condel e o doutor César Neves que é atual presidente da Assembleia Geral e está na chapa com o mesmo cargo. É um grupo mesclado, tem gente jovem, gente mais experiente, são pessoas fortes, por isso aceitei o desafio.
Bola- Como o senhor avalia essa opção do doutor César Neves que hoje é da atual gestão, pela chapa de vocês?
UL – Pela maneira como o Paysandu vem sendo conduzido. É uma opção de mudança. Conversei muito com o César um dia desses no aeroporto e ele também não está satisfeito. É trabalhar para dar certo.
Bola- Caso eleito, como o senhor pensa em administrar o clube?
UL – A ideia é compartilhar a administração. No meu trabalho existe o ‘nós’. Vai se formar um colegiado, todas as decisões passarão por ele, assim a margem de erro diminui.
Bola- E o futebol?
UL – É preciso olhar para a base, ver o que tem e depois contratar com critérios, analisar currículo, histórico, realizar exames médicos, tudo para não cometer os erros do passado. Ainda não podemos utilizar somente jogadores da base, mas tem que plantar para colher. Hoje não digo que o Paysandu compra as frutas podres, mas são quase, bem maduras.
Bola- O advogado Alacy Nahum foi um dos articuladores dessa chapa, qual seria a função dele na sua gestão?
UL – Ele é um abnegado e junto com o doutor Pedro Crispino descobriu que era possível inscrever a chapa. Ele vai ter um cargo oficial, com certeza, mas ainda não está definido o que será.
Diário do Pará
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