As 16h30 de ontem, com a imprensa em peso na Curuzu, o técnico Sérgio Cosme entrou no gramado do estádio bicolor. Deu umas voltas pelo gramado, já sem os jogadores que haviam acabado de se exercitar, acenou para os poucos torcedores que estavam lá, cumprimentou um e outro e depois se dirigiu à sala de imprensa para a entrevista coletiva. Tranquilo, falante, brincalhão, ele encheu o clube de elogios, garantiu que pretende trabalhar com a base e com os profissionais do clube e foi enfático ao comentar sobre sua chegada: "A maior contratação do Paysandu até agora foi a de Sérgio Cosme e Maurício Matos. Podem nos cobrar dentro do que for possível, porque isso eu farei."
Matos é o auxiliar-técnico de Cosme. Entre idas e vindas, trabalham juntos desde 1982. Quando lhe falta uma palavra, é a ele que recorre. De prima, o novo treinador bicolor foi indagado sobre a desconfiança que parte da torcida tem sobre o fato de estar há algum tempo sem treinar equipes que não sejam as pequenas do Rio e vir de um cargo de coordenação de futebol no Vila Nova-GO.
Sem perder o bom humor, ele garantiu que há um erro de avaliação quanto a esse pensamento. Segundo ele, por mais que não estivesse treinando o Vila, era o chefe da comissão técnica e estava ligado diretamente ao futebol. Além disso, pediu paciência com o trabalho que está por começar.
"Espero que não haja nenhum tipo de pré-julgamento. Sei que são as vitórias e os títulos que fazem história, mas preciso primeiro de estrutura para tanto e vamos procurar fazer o melhor."
Cosme não prometeu títulos ou acesso, mas firmou um compromisso de que se as condições de trabalho forem boas, os resultados fatalmente aparecerão. Ele elogiou o começo de trabalho nas conversas com os dirigentes e mostrou-se esperançoso com um bom 2011.
"Temos três competições pela frente e a forma de trabalhar tem que ser a mais simples possível e com honestidade. Vim aqui para assumir um compromisso com o clube e com a torcida. Temos que estruturar nosso ambiente de trabalho e com profissionais que venham engrandecer o Paysandu", disse. "Fui muito bem recebido por todos desde que cheguei. Os primeiros encontros foram de uma transparência enorme e assim é bom de trabalhar. Não estou aqui para prever nada, mas é assim que as coisas dão certo", completou Sérgio Cosme.
Amazônia Jornal
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