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domingo, 27 de fevereiro de 2011

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Segundo Thiago Potiguar, a torcida exagerou após o Re-Pa (Foto: Mário Quadros)
Enquanto o time do Paysandu passou a semana toda fora de Belém, o personagem da Curuzu foi Thiago Potiguar. Nessa entrevista ao Bola, o ‘Messi’ alviazul fala, entre outras coisas, sobre a insatisfação com as negociações de seu passe sem que tomasse conhecimento, além dos problemas com contusões, e se diz chateado com a torcida.

Bola – Essas contusões têm sido constantes nessa sua temporada...
Thiago – É campo pesado. Em 2010, joguei sem machucar, mas agora o trabalho no Suriname foi maior, pouco tempo de recuperação e a recarga de peso é mais complicada. Mas não é nada grave, estou bem para quarta-feira.

Bola – Você acha que a torcida tem cobrado muito da equipe e do Sérgio Cosme?
Thiago – Estou chateado. Perdemos um Re-Pa e a torcida fica criticando, falando palavrão para o nosso jogador. Tem que ter calma, respeito.

Bola – A insatisfação com a diretoria do Paysandu, sobre negociá-lo com o Sport (PE) sem o seu conhecimento, já passou?
Thiago – Fico chateado, sim. Tem pessoas que entraram nesse negócio e não me falaram nada. Quiseram resolver de repente, não falaram que eu ia ganhar, só o clube. Não pensaram em mim, no meu salário. Por outra parte, fico feliz, o trabalho está sendo reconhecido. Se for para sair, que um dia eu retorne com as portas abertas. Dou minha vida pelo Paysandu.

Bola – O que o presidente Luiz Omar Pinheiro te disse sobre isso?
Thiago – Que a proposta era boa, mas que era para me valorizar um pouco mais, que ia aparecer algo e que ele sabia que eu tinha capacidade para isso. Agora tem essa vitrine grande que é a Copa do Brasil. Se eu ficar, vou pensar muito em subir (para a Série B do Brasileiro). Está na hora de essa batalha final acabar faz tempo.

Bola – O Luiz Omar sempre cita como te encontrou em Currais Novos (RN) e fala em gratidão...
Thiago - Me sinto grato. Minha vida mudou. Minhas filhas hoje têm tudo. Eu morava de aluguel, hoje tenho a minha casa, minha filha tem colégio, tudo de bom. Carro ainda não penso em ter, primeiro penso na casa, minha família.

Bola – E o assédio dos empresários?
Thiago – Acontece tudo, fico surpreso. Tenho empresário no Rio, ele me ajuda, procura um time para eu sair do Paysandu, mas sempre falei que quero sair sem deixar mágoa. Se eu sair, vai ser com um pouco de tristeza, mas o mundo da bola é assim.

Diário do Pará

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