Embalado pela conquista do primeiro turno do Campeonato Paraense, o Paysandu volta a campo hoje por uma competição diferente e uma missão muito mais complicada. Às 21h50, de volta ao Mangueirão, os alvicelestes encaram o Bahia pela segunda fase da Copa do Brasil. Será um confronto entre tradições do futebol brasileiro em situações diferentes dentro do cenário do futebol nacional. O time paraense amarga a Série C há cinco anos, o baiano conseguiu, no ano passado, o acesso de volta à primeira divisão. O desafio bicolor é desfazer essa diferença estrutural e tentar, pela primeira vez, obter a classificação para a terceira fase do torneio.
Apesar de toda incerteza dos últimos dias, o Paysandu deve ir a campo sem desfalques. Ontem de manhã, o lateral direito Sidny, o zagueiro Ari e o meia Alex Oliveira voltaram aos treinos. O atacante Rafael Oliveira ainda foi poupado e fará testes antes do jogo. Deve entrar em campo, mas, se não puder, o veterano Zé Augusto deve entrar.
O Tricolor de Aço veio a Belém sem seu principal centroavante. Jones machucou-se no último domingo pelo Estadual e deve ser substituído por Roger ou Souza.
Um dos objetivos na Copa do Brasil é não levar gols. Mesmo uma vitória, se conquistada sofrendo gols, pode significar um prejuízo no jogo de volta. Sem falar que, nas duas primeiras fases do torneio, o time visitante que ganhar por dois ou mais gols de diferença mata logo o confronto, sem a necessidade de disputar a partida de volta e ainda fica com a maior parte da renda.
Os jogadores garantem estar cientes dessa missão. 'Todo mundo está ciente do regulamento da Copa do Brasil. Não só a defesa como toda a equipe vai marcar forte e buscar os gols. Não adianta só marcar e não fazer um bom resultado', comentou o volante Alisson.
'O Paysandu também é grande, como o Bahia. Infelizmente hoje estamos na Série C, mas vai ser um jogo bom e equilibrado. Estamos prontos para fazer uma grande partida', afirmou o também volante Alexandre Carioca. 'Será uma partida difícil, mas estamos preparados. Sabemos que o Bahia quer matar a partida no primeiro jogo, mas a Copa do Brasil iguala muitos os times', completou o zagueiro Hebert.
Esse conhecimento sobre o adversário é algo que os bicolores tentam tirar proveito. Hebert esteve lá em 2007, o centroavante Mendes defendeu o Tricolor no ano passado e o volante Vânderson esteve por anos do lado oposto, o Vitória. Isso sem falar de quem já trabalhou com o técnico adversário de hoje, Vagner Benazzi.
'Eles já falaram de alguns jogadores e o professor [Sérgio Cosme, técnico] falou mais, também. Quem conhece, repassa essas informações. Já trabalhei com o Benazzi e posso ajudar também. Ele gosta de mexer com o emocional dos jogadores. Basicamente, o Benazzi joga com dois meias na armação e deve vir assim. Temos que ficar espertos quanto a isso', informou Alisson.
Amazônia Jornal
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