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quinta-feira, 10 de março de 2011

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O enredo não tem nada de original. Thiago Potiguar poderia ser mais um daqueles cinderelos do sertão, que calçam a chuteira de cristal do futebol e mudam de vida. O ex vendedor de picolé nas areias de Natal suava o dia inteiro para ganhar menos de 600 reais. Com a camisa do Paysandu, trocou a transpiração pela inspiração de um meia armador quase brilhante e virou estrela solitária. Essa é a grande diferença do batido conto de fadas. Thiago Potiguar deixa Belém como o único ponto de desequilíbrio, não só do Paysandu, mas do futebol paraense. Sem ele, vai ser difícil para os bicolores estufarem o peito, horas antes de um Re x Pa. Vai ser difícil encarar a previsível mediocridade da defesa, sem mais saber que, à qualquer momento, ele pode aprontar das suas lá na frente. E vai ser difícil, principalmente, não ter pesadelos vendo o título paraense cair, de bandeja, no colo do rival.

Desde a chegada de Thiago Potiguar, ele nunca foi comum. Em uma entrevista para mim, teve a coragem de assumir , com impressionante humildade, que não deu certo em testes no ABC, de Natal, também por não ter dinheiro para o transporte. Atitude impensável para a maioria dos jogadores de fora, mesmo que desconhecidos. Como um Narciso às avessas, o iminente “ Messi paraense” nunca pecou pela soberba, diante da torcida e Imprensa aos seus pés. Muito pelo contrário. Quase vira vítima da Síndrome do Pânico ao descobrir que a vida ia muito além das areias do Rio Grande Do Norte. Quando recebeu os 4 mil reais do seu primeiro salário no Paysandu, o ex picolezeiro recebia, definitivamente, o passaporte para um mundo tão novo, quanto assustador. Thiago evitava falar sobre o a síndrome nas entrevistas e seguiu driblando o problema com a mesma habilidade mostrada em campo.

Agora, com a cabeça e o corpo 100% , ele nem precisou, como naquelas histórias que escutávamos quando crianças, cavar buracos para chegar do outro lado do mundo. Assim como Robgol, em 2004, Thiago Potiguar deixa o Paysandu quando o time mais precisa dele, para jogar na Ásia. O talento do cinderelo do sertão pode fazer com que o sucesso no Oriente venha tão rápido quanto um golpe nissei. Ou, quem sabe, como Robgol, ele possa voltar daqui a um ano, a tempo de correr atrás do seu segundo título paraense e o tetracampeonato bicolor. Até lá, é torcer para que mais esse conto de fadas do futebol siga diferente e que o Paysandu, sem o gato borralheiro do sertão, não vire abóbora.

Syanne Neno 

Veja também:

>> CLASSIFICAÇÃO SÉRIE B 2013

>> TABELA SÉRIE B 2013

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5 comentários:

Daniel Ribeiro - SP disse...

ADOREI!! FANTÁSTICO SYANNE, COMO SEMPRE BELOS TEXTOS!
SO TENHO QUE DESEJA BOA SORTE PARA O THIAGUINHO.. E QUE SERÁ SEMPRE BEM VINDO AO NOSSO PAPÃO DA CURUZU!

LOGO LOGO ELE ESTÁ DE VOLTA!!

SUCESSO GAROTO!!

Anônimo disse...

Amei!!! seus comentários!! é uma pena!! menos mau!!! lembra do "outrozinho!!"mana" rsrsrsr que se fez de arrogante e foi embora para o Santos!!! e ai já apareceu no cenário nacional?? égua se tivesse a paciência de Jó estaria como idolo de uma não apaixonada!! nada como um dia atrás do outro!!

Alexandre Almeida disse...

Um dos melhores jogadores que vi passar no Paysandu!! Que pena que o Papão não subiu ano passado, pois ele estaria mais valorizado!!

Rodrigo Cunha disse...

Não acredito!! fica potiguar!!!
Vamos sentir saudades!
Sucesso!!

Emerson Alves disse...

a despedida de um jogador tão bom merecia um texto melhor.