Sergio Cosme: multa recisória giraria em torno de cem mil reais (Foto: Mario Quadros) |
Somem-se a isso as críticas da torcida pelas atuações do time, que vêm desde o início do ano, e as lambanças de bastidores, o cenário só faz piorar.
Mas, vamos nos deter apenas em uma questão, talvez a mais instigante de todas: Como Sérgio Cosme sobrevive a tudo isso? Qualquer outro técnico já teria caído. Isso é fato, não uma crítica. Até porque existe uma palavra que sempre é defendida e logo esquecida, chamada “planejamento”. Seria esse o caso agora? Todos têm que ter paciência e esperar os resultados aparecerem? Pode ser. O próprio técnico, que hoje evita dar declarações à imprensa, já havia defendido esse ponto de vista em entrevista ao Bola.
Mas existe também outro detalhe. A multa rescisória. Girando em torno de cem mil reais, este talvez seja o fator preponderante para a permanência de Sérgio Cosme no comando bicolor. Sem dinheiro em caixa, a diretoria do Paysandu poderia estar apenas protelando uma dispensa, para que ela ocorra sem ônus. Mas, como não foi revelado o tempo de contrato do treinador, isso deve ser tratado como mera especulação, pois a teoria viria abaixo caso o acordo seja válido até o fim de 2011 em vez de se encerrar ao término do Campeonato Paraense.
O fato é que a diretoria segue com o discurso de que confia no seu treinador. Título no Suriname, título do primeiro turno do Parazão. Conquistas que embasam a tese de que tudo está bem. Afinal, sem contar a Copa do Brasil, o Paysandu ganhou tudo o que disputou até aqui. Para a torcida, a hora de mudar até já passou. Mas Sérgio Cosme ainda pode queimar a língua dos críticos e levar o time a novos triunfos. Quem está com a razão? Só o tempo dirá.
Diário do Pará
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