E já que o confronto acontece na Bahia de Todos os Santos, não custa nada aos dois treinadores - Sérgio Cosme, do Paysandu, e Vagner Benazzi, do Bahia - pedirem uma força a Oxalá, o orixá da Paz e da Fé. A dupla que não cai nas graças de suas torcidas vai ter pela frente uma prova de fogo esta noite. Se Cosme reclama da pressão enfrentada em Belém, Benazzi vive situação bem pior, porque há quem garanta que o duelo de hoje será o último dele no comando do time baiano.
Mas Sérgio também sabe que se deixar escapar essa oportunidade de seguir na competição, a Fiel, ou a ‘meia dúzia’ de torcedores que ele sempre cita, vão aumentar a carga de protestos, pois é consenso geral que o alviceleste tem condições de jogar em igualdade com o adversário e voltar para casa com a classificação.
A ordem entre os bicolores é aproveitar a má fase do anfitrião, para poder jogar nos contra-ataques e tentar o caminho do gol. Nas entrevistas, os jogadores da Curuzu fizeram questão de lembrar que o tricolor vem de uma derrota no Campeonato Baiano para o seu xará de Feira e precisa meter bola na rede. Como estão na terra da magia e o assunto vai além do futebol, aí vai uma dica ao Lobo - que tal recorrer a uma forcinha de Ogum, o orixá considerado o deus da sobrevivência?
No Papão é assim: Rafael e mais dez!
Esconder o jogo é uma das armas que o técnico do Paysandu, Sérgio Cosme, recorreu para tentar surpreender o Bahia, no Pituaçu, logo mais. Sem Mendes, considerado um “tremendo desfalque”, o certo é que o atacante goleador Rafael Oliveira é peça indispensável no esquema tático dessa noite, seja no 4-4-2, ou até mesmo com três zagueiros, opção ventilada com a chegada do reforço Diguinho e a volta de Ari. A maior dúvida é quanto ao parceiro de ataque do ‘Animal’.
“Não tenho preferência, porque sou um jogador de movimentação. Se o professor optar que eu fique na área, eu fico. O Zé (Augusto) ou o Heliton, qualquer um dos dois vai ajudar a equipe do Paysandu a conseguir a classificação”, informa Rafael, que diz estar em ponto de bala, depois que ficou ausente do jogo contra o Castanhal, pelo Paraense, para cuidar da inflamação no púbis. “O tratamento foi bom, estou 100% e não vou jogar mais no sacrifício. Espero fazer um bom jogo e sair com o resultado positivo. Estou curado, agora é trabalhar”, avisa.
Fazer gols, por sinal, é algo que pode complicar ainda mais para o lado do tricolor baiano, lembra o zagueiro Hebert. “Sabemos que nessa competição eles não vão poder se atirar de qualquer jeito, porque se eles tomarem um gol, vão ter que fazer dois gols. É um jogo de detalhes, bastante complicado”, define.
Diário do Pará
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