Na partida de ida da final o time campineiro venceu por 1 a 0, então o Papão teria que sair de campo com um resultado positivo, com uma diferença mínima de dois gols para pôr a mão na taça. Quando a bola rolou, eis uma rotina: uma forte chuva caiu sobre a capital paraense. Os 45 minutos iniciais de jogo foram tensos; apesar da necessidade pela vitória, os bicolores estavam nervosos, não conseguiram furar o bloqueio feito pelo Guarani e a partida terminou sem gols. Já na segunda etapa, aos 21 minutos, o Mangueirão explodiu a primeira vez. De fora da área, Cacaio driblou o marcador, acertou um chute forte e abriu o placar: golaço, para delírio das mais de 30 mil pessoas que lotaram o estádio.
Porém, o melhor ainda iria acontecer. E ocorreu 15 minutos mais tarde. Aos 36, o Papão se sagrou campeão brasileiro. Depois de um cruzamento para a área, a bola sobrou para Dadinho fazer o segundo. Seis jogadores do Guarani cercaram o árbitro, reclamaram bastante de impedimento e foram expulsos. Com isso, o juiz teve de encerrar a partida ali mesmo, seguindo as normas da FIFA, que não permitem a continuação de um jogo quando uma das equipes está com apenas cinco jogadores em campo. A reclamação dos adversários, no entanto, não alterou em nada o clima festivo no Mangueirão. Depois de 22 jogos, com o Paysandu jogando pelo Brasil de Norte a Sul, de Leste a Oeste, prevaleceu a força do Pavilhão Alviceleste, coroado com a conquista de um título inédito, presente perfeito dado àqueles que são apaixonadamente Paysandu.
Diário do Pará
0 comentários:
Postar um comentário