Roberto Fernandes ainda não definiu escalação na defesa e meio-campo para a final contra o galo

Portões fechados para a torcida e pedido para as filmagens da imprensa serem cessadas em certos momentos. Foi assim que começou o coletivo apronto do Paysandu, o último antes do primeiro jogo da decisão do Campeonato Paraense, depois de amanhã em Tucuruí. O técnico Roberto Fernandes antecipou em um dia o treino e praticamente definiu a equipe que encara o Independente. Ele admitiu que tem ainda duas dúvidas e que vai esperar os dois trabalhos que ainda tem pela frente para a definição.

Ontem, o time teve Alexandre Fávaro no gol; Hebert, Diguinho e Alexandre Carioca - este fazendo uma dupla função, tanto de volante quanto de terceiro zagueiro - na defesa; Sidny, Álisson, Marquinhos, Andrey e Zeziel no meio-de-campo; Mendes e Rafael Oliveira no ataque.

As dúvidas de Fernandes residem na defesa e no meio-de-campo. "Tenho dois trabalhos táticos ainda, um aqui e outro em Tucuruí. A base está dentro do que treinamos hoje (ontem) vou aguardar o tratamento intensivo do Ari. Se ele não tiver condições será o Diguinho. No meio, trabalhei com o Marquinhos e o Andrey, mas não descarto mais um homem de contenção por ser tratar de um jogo fora de casa. Mas 90% estão definidos", explicou o técnico.

A hipótese de Ari entrar no time parece cada vez mais distante. O jogador sentiu uma lesão antes do amistoso com o Izabelense, há duas semanas. De lá para cá conseguiu recuperar-se bem antes do previsto, mas não participou de nenhum coletivo. Já no meio é diferente. O técnico dá sinais de que pode voltar à formação anterior que vinha treinando, com a entrada de Billy no meio para reforçar a marcação e liberar mais ainda os dois alas.

O desafio, explicou Roberto Fernandes, é equilibrar mais a equipe quanto ao ataque e a defesa. Há uma clara preocupação em reforçar o poderio de marcação para trazer um bom resultado de Tucuruí e garantir a decisão para Belém, no jogo de volta. "O Paysandu jogou quase todo o campeonato com três volantes, só com um meia. A formação de hoje teve Marquinhos e Andrey, um posicionamento mais ofensivo. Mas trabalhamos demais nessas três semanas o posicionamento defensivo. Se fecharmos a torneira atrás, com o potencial ofensivo que temos, as chances de vitória ficam maiores."

O técnico bicolor garantiu que mesmo que venha alguma mudança para deixar a equipe mais forte na marcação não significará um Paysandu retrancado. "Futebol não tem dono de verdade, cada um tem seu conceito de trabalho. O que estou procurando fazer é uma equipe mais solta, leve e dinâmica. É isso que busco com as modificações. Não posso fazer mudanças radicais já que o elenco é o mesmo."

Amazônia Jornal