Edson Gaúcho atuou como comentarista e aprovou seu desempenho (Foto: Mário Quadros) |
Por quatro meses, Edson Gaúcho trabalhou como comentarista da rádio Eldorado de Criciúma, período marcante na carreira do treinador, que sentiu na pele como é a vida dos profissionais da imprensa, como, por exemplo, a dificuldade de trabalhar quando há proibições e restrições dentro de um clube. Além disso, Gaúcho também adiantou que não irá mais realizar treino de portões fechados, como acontecia há dois anos na sua primeira passagem pelo Paysandu. “Tem algumas coisas que não existem mais. Eu aprendi trabalhando como comentarista que há muitas bobagens que você, como técnico, acha que é certo ou errado. Hoje, eu jamais vou privar o meu torcedor de assistir a um treino. E se o adversário quiser ir lá para ver, pode ir, não tem problema. Nós vamos jogar da mesma maneira. Eles têm que se preocupar muito mais com o Paysandu”.
A inversão de papéis foi um experimento marcante para Edson Gaúcho, que tinha a responsabilidade apenas de comentar as atuações das equipes, mas sem falar sobre a direção dos clubes. “Foi um tempo muito bom, muito bom, em que eu falava sobre a parte tática. Não me preocupava com diretoria, bastidores. É lógico que às vezes procurava apontar coisas erradas dentro do clube, mas evitava”, conta o treinador. Gaúcho ressalta que procurava opinar em prol da melhoria do Criciúma, mas acreditava que não adiantava nada criticar apenas por criticar, sem argumentos ou soluções. Então, ele tentava mostrar situações que podiam melhorar o clube catarinense. “O ‘eu acho’ é muito vago. As pessoas têm que ter mais coragem de apontar as coisas que acreditam estarem erradas”.
Algumas situações consideradas erradas pelo treinador já foram reveladas por ele mesmo para a diretoria, como, por exemplo, o ingresso gratuito para os dirigentes do clube, além das exigências de pagamentos aos funcionários administrativos do Paysandu.
O NOVO EDSON GAÚCHO
Depois de atuar como radialista, analisando futebol, o atual treinador do Paysandu refez alguns conceitos. E hoje jamais proibiria a entrada da imprensa em um treinamento.
Diário do Pará
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