No último treino antes da bola rolar, um observador que tivesse ido pela primeira vez a Curuzu acharia que o técnico Andrade estava desanimado ao comandar a movimentação. Engano compreensível diante do temperamento pra lá de sereno do treinador. Mesmo tranquilo e de fala mansa, o comandante bicolor sabe muito bem da importância de sua missão. Apesar de campeão brasileiro há dois anos com o Flamengo-RJ, ele é um profissional em busca da consolidação de seu nome no cenário nacional, e ele mesmo já admitiu que vencer pelo Paysandu dá projeção.
Para Andrade, chegou o momento ideal para os jogadores do Papão honrarem a história do futebol paraense e levarem a equipe de volta à Série B. "Converso com eles sobre a importância do acesso para cada um. Eles acreditaram na minha palavra. Não temos opção no momento que não vencer. Felizmente, não temos que fazer contas, pois dependemos apenas do que podemos fazer. É lógico que é um caminho difícil, mas temos que pensar somente na gente e não no que os outros podem fazer."
O time que ele armou para logo mais é basicamente o mesmo que empatou semana passada com o mesmo Luverdense, mas fora de casa. São apenas duas mudanças. Márcio Santos levou o terceiro cartão amarelo e abre vaga na zaga para o retorno de Vagner. No meio-de-campo, Juliano ganhou a posição de Luciano Henrique.
"O maior desejo de um atleta é estar em campo, apresentando-se da melhor maneira possível. Acho que Deus tem me honrado nesses momentos e que nesse jogo não seja diferente. Quem sabe nesse retorno eu não possa fazer um gol?", comentou Vagner, relembrando do gol que deu a vitória de 1 a 0 sobre o América-RN, na abertura dessa fase e no último jogo dele como titular. "O Paysandu precisa da vitória e sabemos disso muito bem. O torcedor por ter certeza que garra e vontade não faltarão da nossa parte", afirmou Juliano.
O meia Robinho, principal esperança da torcida na armação das jogadas, não faz distinção entre companheiro de setor. Para ele, o importante é que o Paysandu traduza em campo tudo o que foi ensaiado nos últimos dias. "O Luciano é um cara que joga muito bem e o Juliano é muito técnico e chuta a gol. Os dois ajudam bastante o Paysandu e vai ser assim de novo", disse. "O ambiente está tranquilo, leve e com todos no mesmo caminho que é o das vitórias. Tivemos uma semana boa de treinos, trabalhamos tudo que deveríamos e agora temos que colocar tudo isso em prática. Sabemos o quanto o Luverdense é bom, mas o Paysandu tem força dentro do Mangueirão e vamos para cima com a ajuda da torcida."
Amazônia Jornal
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