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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Info Post
Para ser vice-campeão estadual e negar fogo mais uma vez na Série C, o Papão contratou este ano 40 jogadores e outros 10 profissionais para a comissão técnica, produzindo folha salarial média em torno de R$ 380 mil mensais no primeiro semestre e R$ 500 mil mensais no segundo semestre, incluindo os profissionais que já estavam no clube. Cerca de R$ 4,8 milhões no total, valor que o clube não conseguiu honrar integralmente, por não ter receita suficiente. Erro elementar de planejamento que provocou crises e os fracassos, inclusive porque a maioria dos contratados não mostrou competência para defender o clube.

Foram 23 contratações para o Parazão e Copa do Brasil. Jogadores: Michel (goleiro), Rafael Lima, Sidni, Ari, Herbert, Nei Baiano, Diguinho, Elton Lira, Vânderson, Álisson, Alex Oliveira, Martin Cortés, Elvis, Mendes, Rafael Oliveira, além de Hadson, Cristiano Laranjeira, Wesclei, Tinoco e Cleisson Rato, dispensados. Técnico Sérgio Cosme, o auxiliar Maurício Matos e o gerente Carlos Pupo “Carioca”. Mais 20 jogadores contratados para a Série C: Vizotto, Dida, Fábio Gaúcho, Jean, Rodrigo Cardoso, Leandro Camilo, Márcio Santos, Vagner, Rodrigo Salomon, Jorge Felipe, Rodrigo Pontes, Charles Vagner, Daniel, Juliano, Luciano Henrique, Mariano Rubbo, Robinho, Josiel, Diogo Galvão, Nenê Apeú. Técnicos: Roberto Fernandes (chegou para as finais do Parazão), Edson Gaúcho, Andrade. Preparadores físicos: Rogério Juidicce e José Lumes. Auxiliares técnicos: Zé do Carmo e Júlio Camargo, totalizando 27 contratações nos últimos cinco meses.

Além dos encargos trabalhistas, a farra de contratações gerou custos também com passagens aéreas e moradia para os contratados e para familiares. Uma gastança muito além da capacidade financeira do Paysandu, cujas receitas se resumem basicamente a patrocínios e bilheteria, sempre abaixo das despesas. Para 2012, todos os patrocínios estão integralmente bloqueados pela Justiça do Trabalho.


Solução custa R$ 1,2 milhão
Em conversa com Abner Luiz (O Liberal/CBN), o presidente do Paysandu, Luis Omar Pinheiro, disse que precisaria de R$ 1,2 milhão para resolver as pendências e fechar em ordem as contas bicolores da temporada. No entanto, vão entrar apenas R$ 200 mil neste fim de ano. E agora?

Depois de todo o 'faz de conta que paga' e 'faz de conta que joga', chega a hora do ajuste de contas, em que todos devem a todos. Com crédito somente a torcida, mais uma vez recordista nas arquibancadas e nas bilheterias, com 94.374 pagantes nos sete jogos disputados em Belem. Média de 13.482 por jogo. Renda bruta de R$ 2.014.200,00. Média de R$ 288 mil por jogo. A torcida do Papão está entre as 20 mais expressivas das quatro séries do Campeonato Brasileiro. O lucro nas bilheterias foi de R$ 1.016.796,00 (dados da CBF). Apenas metade da renda bruta. No Parazão e na Copa do Brasil o clube lucrou R$ 1,2 milhão (dados da FPF e da CBF). De patrocínios o Papão já faturou este ano mais de R$ 2,6 milhões. Total de receita: R$ 4,8 milhões. Assim mesmo, o clube fecha o ano em déficit de R$ 1,2 milhão, segundo o presidente. Afinal, os custos de um clube de futebol vão muito além de salários. E o desequilíbrio financeiro tem como causa fundamental a falta de planejamento. Isso é inegável. Me arrojo a dizer que com salários em dia (ou quase isso, pelo menos!) o Papão teria subido à Série B. Afinal, com todas as mazelas, ainda conseguiu 'bater na trave'. Enfim, resumindo, o Papão perdeu pra ele mesmo.

Portal ORM

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1 comentários:

Anônimo disse...

Se ficar o bicho pega se correr o bicho come...

Tomar decisões não é simples nem óbvio. Pode parecer para quem está de fora e sobretudo para aqueles que podem comentar depois que o caldo entornou. É o famoso ovo de Colombo.

Napoleão, considerado entre os maiores generais, teve de tomar decisões na batalha de Waterloo que o levou à derrota definitiva. Napoleão teve de agir pressionado pelo tempo, pois quanto mais tempo passasse mais seus inimigos se fortaleciam. Por isso não pode escolher o campo da batalha. Já começou perdendo, mas não tinha escolha. Um outro detalhe foi que Napoleão teve de adiar em algumas horas o seu ataque, para que o terreno encharcado pelas chuvas torrenciais, secasse o suficiente para o movimento das tropas, o que se revelou fatal para o desfecho daquela batalha.
A batalha de Midway entre japoneses e americanos foi decidida basicamente por dois fatores que deixaram em segundo plano todo o arsenal de preparação e planejamento: o radar a bordo dos porta-aviões americanos que revelava a aproximação dos aviões japoneses e a decifração do código secreto dos japoneses pelos americanos, o que possibilitou aos americanos antecipar-se aos movimentos dos japoneses.

Hoje, nada mais é simples. O futebol é altamente complexo. Não se pode analisar o futebol de maneira simplista. A Alemanha não é tradicionalmente reconhecida como um país organizado? Então, não deveria vencer todas as Copas do Mundo? Os Estados Unidos, não são o maior PIB do mundo? Deveriam vencer tudo! Mas não é assim.
Nas derrotas, é preciso, refletir sobre os erros. Podemos aprender com os erros. Podemos melhorar.
O que não podemos mais fazer, é aproveitar a frustração do resultado para tirar proveito e atacar o bode expiatório da vez. Canalizar as energias do momento, a paixão que move o futebol, a paixão dos clubes de massa, como o Paysandu, e manipular estas forças para proveito próprio e nem sempre nobres: vaidades, rabo preso, lado pessoal, politicagem, etc. O grande risco é a repetição de velhos discursos e a perda da credibilidade. Não são apenas os dirigentes que repetem fórmulas e discursos. A crônica esportiva tem se repetido também há anos.
Não se pode esquecer de considerar na análise a relação entre o todo e a parte. Na cultura ocidental, temos arraigado, o condicionamento de analisar as partes isoladamente, e atribuir o fracasso aos indivíduos tomados isoladamente. Ou seja, se algo não vai bem, fracassou, a culpa está dentro desse algo. Esquece-se de olhar a relação entre esse indivíduo e o todo, o contexto, na qual se encontra inserido. Em certas culturas, por exemplo na africana é comum dizer que uma pessoa é feliz se os outros são felizes. Na cultura asiática, é comum olhar um objeto juntamente com o cenário. Se o cenário muda, a compreensão deste objeto muda.
Há alguma gestão no futebol paraense que tenha obtido sucesso e possa ser apontada como modelo?
A análise individual e descontextualizada do insucesso do Paysandu leva a distorções e a injustiças. Na minha opinião, estas análises divulgadas por amplos meios de comunicação podem trazer prejuízos não apenas para a parte que está sendo alvo mas para o todo. É como um boomerangue: vai e volta.