Não adianta dizer que “não é ladrão”; tem que provar que não é ladrão. O problema das contas do Luís Omar nos remete à Roma antiga: “À mulher de César não lhe basta ser honesta, tem também de parecê-lo”.
Este blogueiro tem em mãos “Relatório de Auditoria das Demonstrações Financeiras e Gerenciais do Exercício de 2010 do Paysandu Sport Club”, de autoria da auditora Ana Rita e fazendo leitura acurada, mesmo não sendo contabilista, causa uma nebulosa ideia de que tudo está errado.
Por que a diretoria administrativa do clube não passou à profissional os documentos exigidos? Em um dos parágrafos do relatório afirma: “A não apresentação de toda a documentação solicitada ocasionou um prejuízo tanto para a contratante como para a contratada, uma vez que ficamos impossibilitados de efetuar uma análise criteriosa de diversas áreas importantes e significativas do clube como: PESSOAL, FISCAL e PATRIMONIAL”.
Em síntese o clube não tem: documentos pertinentes a negociações de jogadores, relação de receitas pertinentes a jogos, livros fiscais, relação das receitas pertinentes a locação de espaço (sede e estádio), relação das receitas das divisões de base do futebol, relatório da folha de pagamento, livro caixa (entrada e saída).
E mais: “Em 13.07.2010 falta à prestação de conta do repasse do patrocínio da Yamada para o presidente Luís Omar no valor de R$ 68.000,00”.
“Em 23.08.2010 falta a prestação de conta do adiantamento feito a: Manoel Messias no valor de R$ 3.645,00; Francisco Meireles no valor de R$ 9.440,00; Luís Omar nos valores de R$ 1.000,00 E R$ 47.000,00, e Frederico de Carvalho(Fred) no valor de R$ 8.500,00; falta comprovante de pagamento de acordo rescisório com o jogador Ajax(Cametá) no valor de R$ 11.000,00”.
Em 31.08.2010 há a constatação que “há dois caixas com movimentos diferentes no clube”.
Pasmem: “Em 15.09.2010 falta comprovante e prestação de conta do repasse feito ao Sr. Luís Omar no valor de R$ 76.000,00.” A auditora afirma que neste mesmo dia foram depositados “na conta corrente do Sr. Luís Omar R$ 68.000,00 referente ao patrocínio da Yamada”.
53 conselheiros do Paysandu ficaram sabendo que as contas do Luis Omar Pinheiro referente ao exercício 2010 não batem, posto que, segundo relatório da auditora Ana Rita da Silva Carvalho, em sua conclusão, afirma “que o Paysandu Sport Club não apresenta um sistema administrativo-contábil confiável, e, por conseguinte, os dados da prestação de contas do exercício de 2010 não devem apresentar fidedignidade”.
O que me causa espécie é que o CONDEL bicolor é composto de pessoas representativas de vários seguimentos da nossa sociedade, inclusive de órgão que tem a essência de se fazer cumprir a lei - o Ministério Público.
É o que há!
http://tudaoetudinho.blogspot.com/
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