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(Foto: Reprodução/Diário do Pará) |
No primeiro tempo, o Papão foi quase impecável. Com a nítida intenção de segurar o ímpeto do adversário e partir nos contra-ataques, a equipe bicolor não deu espaço ao Leão pernambucano. O volante Neto anulou Marcelinho Paraíba, principal articulador rubro-negro, e Billy organizou todas as ações bicolores nos contra-ataques.
O ataque bicolor foi mais objetivo na etapa inicial e teve as duas grandes chances de marcar. A primeira com Thiago Potiguar, que preferiu chutar em cima do goleiro Magrão ao ter rolado a bola para Rafael Oliveira, que estava livre na pequena área. A segunda chance foi com Rafael Oliveira, que, desequilibrado, não conseguiu tirar a bola do goleiro Magrão.
Os últimos 45 minutos desse jogo histórico para o Paysandu e o tão combalido futebol paraense foram sofridos. O Sport, precisando vencer a qualquer custo, pressionou o Papão a todo o momento, experimentando chutes de todas as distâncias, indo à linha de fundo para cruzar, esperando que os homens de frente se antecipassem aos marcadores para tentar empurrar a bola para dentro.
Porém, tudo em vão. E o Paysandu, em quatro contra-ataques mortais, selou sua classificação à terceira fase com os gols de Yago Pikachu, aos 14, Heliton, aos 19 e 40, e Rafael Oliveira, aos 48. O Sport descontou com o zagueiro Bruno Aguiar, aos 31, mas a festa noite adentro, tal qual faz o famoso Galo da Madrugada pelas ruas do Recife no carnaval, ganhou duas cores: azul e branco, além de um toque bem paraense!
Prevaleceu o Papão domador de Leões!
O medo do torcedor bicolor foi de não saber qual Paysandu entraria em campo contra o Sport (PE) na noite de ontem. O Papão da vitória sobre os pernambucanos no meio da semana passada ou o que foi derrotado pelo Águia de Marabá no último sábado? Mas, para a alegria e festa dos torcedores bicolores paraenses, o Paysandu entrou em campo com muita garra e força de vontade e conseguiu emplacar uma gorda vitória sobre o Leão da Ilha do Retiro, em Recife, por 4 a 1, e classificou-se à terceira rodada da Copa do Brasil.
Mas quem vê apenas o resultado não consegue mensurar a dificuldade que o Sport empregou no jogo, tanto que os melhores jogadores bicolores foram o goleiro Paulo Rafael, os laterais Yago Pikachu e Pablo, os zagueiros Douglas e Thiago Costa e a dupla de volantes Neto e Billy. Para resumir, o sistema defensivo foi seguro, suportando a pressão adversária, principalmente no segundo tempo.
Não se pode esquecer do meia Thiago Potiguar, que puxou excelentes contra-ataques, perdendo grande oportunidade no primeiro tempo, e do atacante Rafael Oliveira, que correu bastante e marcou o último gol bicolor, mas foi um atleta que veio do banco que selou a classificação do Paysandu à terceira fase.
Heliton, que não trabalhou com o grupo no dia anterior ao jogo por ter sentindo problemas estomacais, entrou no lugar do centroavante Adriano Magrão e em dois lances de oportunismo fez o segundo e o terceiro gol do Paysandu.
“Eu pressentia que algo de bom aconteceria comigo. Não consegui treinar ontem (terça-feira), mas graças a Deus tive condições de jogo, pude ser relacionado e marcar os dois gols”, comemorou.
Adriano Magrão já fala até em ser campeão
Depois da grande vitória sobre o Sport (PE), o atacante Adriano Magrão mostrou empolgação com a atuação da equipe e disparou: “Estou sentindo isso, nós vamos ser campeões desse campeonato. Vamos ganhar para a nossa torcida”.
Segundo Magrão, a gana e vontade de vencer que tem nos olhos dos companheiros são iguais aos dos jogadores do Fluminense em 2007, quando o atacante foi campeão da Copa do Brasil pelo tricolor carioca.
Responsável pelo passe de calcanhar que deixou o Rafael Oliveira em condições de marcar o quarto gol bicolor na partida, Harison comemora o bom futebol da equipe, mas lamenta ter oportunidade de jogar apenas na Copa do Brasil. “A gente vem treinando, se dedicando para um jogo desses. O ruim é não poder dar continuidade”.
Para o técnico Lecheva, esse tabu quebrado foi tudo fruto de um bom trabalho que está sendo feito na Curuzu e diz que agora é ter a cabeça no lugar e pensar no Águia de Marabá, próximo adversário bicolor, mas pelo Campeonato Paraense. “Foi histórico, mas agora é voltar para Belém, trabalhar com os jogadores e focar no Águia, pela semifinal do Paraense”, completou.
Diário do Pará
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