Contundido, Paulo Rafael fica quatro meses fora dos gramados e diz adeus ao brasileiro da Série C

Na noite de terça-feira o departamento médico do Paysandu teve a confirmação de que o goleiro Paulo Rafael terá que ser submetido a uma cirurgia no ombro direito. Ontem, o médico José Silvério deu a notícia que ninguém queria ouvir: o jogador está fora da disputa da Série C do Campeonato Brasileiro. "O tempo de espera para a cirurgia do Paulo Rafael vai coincidir com o preparo da cirurgia. O tempo de recuperação deve ser de quatro meses", confirmou o membro do departamento médico bicolor.

O jogador se machucou durante a partida diante do Santa Cruz-PE, de Recife (PE), na última sexta-feira. A lesão atingiu o ligamento do ombro direito. O primeiro procedimento no jogador será estabilizar a contusão, para depois programar a cirurgia, que deve ser feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Paulo Rafael já passou por uma cirurgia semelhante em 2009, mas no ombro esquerdo. Na época, o jogador não teve muito espaço no clube paraense e acabou se transferindo para o Sport Recife-PE, onde teve destaque.

Um novo goleiro vai ser contratado para o decorrer da competição nacional. Por enquanto, o elenco conta com Dalton, que será o titular diante do Águia, na rodada seguinte, Paulo Eduardo, Rodrigo e Marcus Vinícius. Estes dois últimos, ambos de 18 anos, treinam há pouco tempo entre os profissionais e estão relacionados entre os que representarão o Papão na Taça Belo Horizonte Júnior, que começa em agosto.

Dalton lamentou a situação do companheiro, mas lembrou que todos estão sujeitos a fatalidades e que quem está no elenco tem que estar sempre pronto par quando for acionado, que garante ser seu caso. "Ninguém quer uma oportunidade assim, porque é um companheiro que sempre ajuda dentro e fora de campo. Torço para que ele se recupere o quanto antes, seja com cirurgia ou não. Quanto à minha entrada, quem está no elenco tem que estar preparado quando a chance aparecer, como foi com o Santa Cruz."

O goleiro sabe que o que aconteceu na capital pernambucana não pode mais se repetir. Segundo ele, todos dentro do grupo já chegaram a um consenso quanto a isso antes mesmo de um puxão de orelha do treinador. "Não precisou nem cobrança do Davino, todos têm autocrítica. Sabemos que ficamos devendo e o que precisa ser melhorado. Conversamos demais sobre isso, que uma equipe não pode levar três gols de bolas paradas, todos de escanteios", disse. "Eu me cobro demais quanto a isso. Acho inadmissível levar gol dessa forma. Erros sempre vão acontecer, mas não podemos deixar que os adversários fiquem sozinhos dentro da área", completou Dalton.

Amazônia Jornal