Depois de roberval Davino e Givanildo, agora é Lecheva quem não dorme com a falta de pontaria bicolor

O que fazer para que o ataque do Paysandu desencante? Taí uma pergunta que atormentou Roberval Davino e Givanildo Oliveira e, agora, parece querer tirar o sono de Lecheva. Sábado, o centroavante Kiros fez sua parte e deixou sua marca. Mas o time voltou a desperdiçar várias chances, a ponto do treinador afirmar que se metade das oportunidades claras de gols fosse aproveitada o Papão teria deixado Marabá com três pontos na bagagem. Os jogadores reconhecem a falha, mas a repetição é tanta que já nem sabem como explicar.

"Perdemos várias chances, mais uma vez. Agora é tentar a vitória no próximo jogo porque não temos mais tempo para desculpas", afirmou o zagueiro Fábio Sanches. "Foi um jogo que sabíamos que seria muito difícil, de muita pegada. Infelizmente voltamos a pecar nas finalizações", disse o atacante Héliton. "Ficamos tristes por não termos vencido, mas temos que ter competência para acertar as bolas que estamos perdendo. Agora é ir para casa e vencer de qualquer jeito", completou o meia Djalma.

Lecheva reconhece que a saída é dar força e acreditar quem está no elenco. A possibilidade de novas contratações não foi descartada pela diretoria, mas enquanto ela não se concretiza o treinador tem que se virar com o material humano que tem em mãos.

"Está muito difícil. Já fizemos várias trocas, já jogaram Kiros, Rafael (Oliveira), Moisés, Thiago Potiguar, mas todos estão tendo esse pecado de perder gols, alguns claros. Mas confio nesses atletas e que uma hora os gols vão sair", admitiu Lecheva, que ainda vê o Papão com boas chances de classificação para a segunda fase. "Continuamos dependendo da gente, temos dois concorrentes diretos dentro de casa. Acredito que a briga por essas duas vagas que restam ficarão para a última rodada e estamos na briga."

No empate de sábado, o técnico do Papão considerou correta a forma como a equipe atuou, a despeito dos gols perdidos. Foi aí que ele criticou ao aproveitamento de todo o time quando chega o momento de empurrar a bola para as redes. "A estratégia foi bem feita, mas infelizmente não posso fazer mais do que foi feito. Não corremos sérios riscos e atacamos mais. Mas faltou o principal que é a bola para dentro. Se tivéssemos tido um aproveitamento de pelo menos 50% teríamos vencido."

Lecheva negou que tenha substituído o atacante Moisés por causa dos gols perdidos, e sim por causa do desgaste e para acertar um posicionamento tático. "O Moisés tinha uma determinação defensiva e ele vinha oscilando muito nesse quesito. O Héliton veio de uma semana muito boa e resolvi pela troca".

Amazônia Jornal