A última experiência bicolor na região sul do país não foi bem sucedida. A eliminação da Copa do Brasil custou caro do ponto de vista financeiro, mas não abateu o ânimo dos atletas, que conseguiram elevar a moral após bater o Figueirense em casa, por 2 a 1, e agora, pretendem dar sequência diante de um adversário na mesma situação, seja pelo número de pontos, ou pelo último resultado em campo.
Todavia, o Avaí entra campo sem peças chaves na vitória diante do Atlético-GO, na rodada passada. O zagueiro Leandro Silva e os meias Cleber Santana e Marquinhos estão suspensos, enquanto do lado alviceleste, a dúvida é sobre quem escalar no setor de meio-campo, dúvida que Rogerinho só deve dissipar às vésperas do jogo.
As dúvidas, aliás, recaem até sobre a sua situação como técnico interino, mesmo com duas vitórias convincentes nas costas. Coincidências a parte, a verdade é que Rogerinho, à sua maneira simples e objetiva, devolveu aos jogadores a esperança que parecia perdida. Devolveu a raça e o espírito de luta, e os mesmo atletas fizeram questão de exaltar a qualidade no dia seguinte à vitória.
Contra o Avaí certamente será assim. Se vencer, poderá dar um salto na tabela e deixar cada vez mais para trás a zona de rebaixamento, mas antes, precisa atentar que o Avaí, mesmo sem três titulares, joga em casa com o apoio da torcida e pretende a todo custo, botar água no chope dos bicolores.
Rogerinho tem dúvidas no meio de campo
O técnico interino do Paysandu, Rogerinho Gameleira preferiu comandar um treino tático, nas dependências do centro de treinamento do Figueirense. A preferência diz respeito às bases já determinadas pelo treinador, que tem feito questão de reforçar algumas características que deram certo nas vitórias contra o Paraná e Figueirense.
Marcação forte, equipe bem postada e rápida movimentação de bola têm sido a maior fonte das cobranças. E o fato do time ter a volta de alguns jogadores ausentes da última partida (Alex Gaibu e Fábio Sanches), daí a necessidade de pequenos ajustes. Agora, quanto a formação titular, ainda restam algumas dúvidas. A única certeza até o momento tem sido quanto a formação da zaga.
“Fábio voltou no lugar do Bispo e o restante do grupo a gente está em dúvida para ver se entra o mesmo time que jogou”, diz o técnico.
Na cabeça de área, Zé Antônio é nome certo como segundo volante, mas falta definir se terá a companhia de Esdras ou Vanderson. Mais a frente, Eduardo Ramos está na mesma situação, apenas no aguardo se fará dupla com Diego Barboza, Tallys ou Alex Gaibu.
No restante da equipe não há mudanças. Marcelo, no gol, Yago Pikachu e Janilson nas laterais; Fábio Sanches e Raul na zaga. enquanto no ataque Iarley e o artilheiro do time com quatro gols, Marcelo Nicáco, completam a formação.
Vandick fala da lista de onde sairá treinador
Enquanto o time do Paysandu está sob o comando interino de Rogerinho Gameleira, a diretoria do clube corre atrás de um novo nome para dirigir integralmente a equipe pelo restante da Série B. Após as passagens mal sucedidas - e uma saída precoce - de Lecheva e Givanildo Oliveira, o presidente Vandick Lima revelou como andam as buscas atrás de um nome de consenso.
“Estamos analisando nomes. Estamos na 11ª rodada com três técnicos, então algo está errado. Por isso estamos analisando as opções com muito cuidado. Queremos escolher o nome ideal. Conversei com o PC Gusmão, com o Arturzinho e com o Péricles Chamusca. Estudamos também o nome do Pintado e do Guilherme Macuglia. Desses cinco deve sair o novo treinador do Paysandu”, explica o presidente bicolor.
Até o início da semana, o nome mais forte para o cargo era de Arturzinho, ex-técnico do Joinville, no entanto, após alguns desacertos entre as partes, o interesse foi desfeito. Entre os fatores para a desistência, tem sido o lado financeiro. Qualquer treinador de fora, e gabaritado, na maioria dos casos pede um valor salarial muito elevado para os padrões locais, mesmo com os esforços intensos da diretoria para se igualar à realidade nacional.
“A questão financeira pesa, é claro. Para vir para o Norte eles exigem algo a mais, o que pesa. Mas, acreditamos que o momento seja de fazer um esforço para que haja uma segurança”, coloca Vandick. Por fim, o mandatário disse também estar de olho em alguns nomes para reforçar o plantel, sem previsão de mais dispensas. “Pensamos em trazer quatro jogadores: um zagueiro, um lateral-esquerdo, um meia e um atacante que jogue pelos lados. São essas as posições que entendemos que devem ser reforçadas. Já temos nomes em vista”, encerra.
Pikachu vai ter atenção especial
Sem poder contar com a dupla de veteranos Cleber Santana e Marquinhos, suspensos, o comandante do Avaí, Hemerson Maria, deve lançar o time com três novidades – o volante Eduardo Costa, no posto de Cleber, e os meias Diego Jardel e Luciano municiando o ataque. Apesar da equipe do Paysandu ainda não ter pontuado fora de casa, o comandante está preocupado nesse jogo particularmente com os avanços de Yago Pikachu e do atacante Marcelo Nicácio. “As subidas do Pikachu são perigosas, ele é um jogador que aparece muito no ataque, mas estamos nos preparando para isso. Quando ele sobe deixa as costas desguarnecidas, então estamos preparando para jogar nas costas da lateral”, disse Hemerson que afirma que quer que o técnico bicolor Rogerinho “quebre a cabeça para montar o time dele”.
Esse será o sexto duelo envolvendo Avaí e Paysandu e, até o momento, o Leão só conquistou 1 vitória, justamente no último jogo – vitória de 2x1 na Ressacada pelo segundo turno da Série B 2006.
Jogando na Ressacada o time está invicto, com 3 jogos – 2 empates e 1 vitória, mas a lembrança mais forte do duelo foi a decisão da série B de 2001 – vitória bicolor por 4x0. O atual técnico do time, Rogerinho, era capitão do time do Papão na ocasião.
Diário do Pará
0 comentários:
Postar um comentário