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terça-feira, 23 de março de 2010

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Um dos principais heróis do Paysandu na conquista da Taça Cidade de Belém, o atacante Moisés, 20, revelou, ontem, em entrevista ao jornal Amazônia, que chegou a pensar em desistir do futebol. Foi em 2007, ao retornar de São Paulo, onde teve uma passagem frustrada pelo Corinthians.

Na época, o Timão vivia um momento político conturbado. O presidente Alberto Dualib estava de saída sob acusações de corrupção e ninguém dava muita importância a quem estava vindo do Norte para se submeter a testes no clube. Os holofotes estavam voltados para os bastidores. A intenção de encerrar a carreira prematuramente só não foi concretizada pelo jogador graças à interferência do coordenador das divisões de base do Paysandu, Ronaldo Couto, fã e conselheiro do atacante, que o havia levado para a Curuzu, em 2006, após ver o serelepe atacante jogando por uma equipe de Icoaraci a Copa da Amizade, competição de futebol amador.

Ídolo da Fiel e um dos artilheiros do Paraense, com oito gols, a entrada de Moisés no time principal do Papão representou um salto não só na carreira profissional, mas também na vida do jogador. Ele trocou a moradia humilde da ocupação "Fé em Deus", no bairro do Tenoné, por um apartamento no conjunto Sol Tropical, na rodovia Augusto Montenegro. O atacante não tem carro e ainda vai aos treinos de carona com companheiros de clube ou de ônibus, mas já se sente feliz por permitir a sua família uma moradia mais confortável.

Neste bate-papo, ocorrido no estacionamento do prédio onde o jogador mora, Moisés diz que ainda mantém as amizades da infância vivida na "Fé em Deus" e que sempre vai ao local visitar a irmã e os amigos que deixou por lá. "Agora em função dessa decisão do campeonato, fiquei um tempo sem ir lá", diz. "Mas assim que tiver um tempo, vou lá para conversar com os amigos. Não é o fato de estar na posição em que estou hoje que vai me fazer esquecer as pessoas com as quais convivi e que sempre me incentivaram", afirma.

O jogador divide o apartamento onde mora com a mãe, dona Maria Estela e a irmã Jaqueline. O local é visitado quase que diariamente por Mayara, com quem o jogador namora há algum tempo. Na entrevista, Moisés revela-se surpreso com os cinco gols marcados como profissional nos clássicos Re x Pas que disputou. E justifica: "Fiz uns cinco ou seis Re x Pas quando estava na base e, nessas partidas, que eu lembre, só consegui marcar um golzinho", conta.


Como foi o início de sua carreira?

A oportunidade de me tornar jogador profissional surgiu quando eu disputava a Copa Amizade. O Nad (Ronaldo Couto, coordenador das divisões de base do Paysandu) me viu jogando e me convidou para ir para a Curuzu. Houve o interesse do Remo também, mas acabei optando pelo Paysandu por ser bicolor desde criança. Logo no mesmo ano que cheguei ao Paysandu, onde nem fiz teste, fui campeão sub-17. Em seguida, ainda com essa idade, subi para o sub-20 e também fui campeão. Em 2007, assinei contrato profissional depois de ter disputado a Taça São Paulo. No Brasileiro daquele ano, não tive muita chance e o time não fazia uma boa campanha no campeonato. Por isso, decidi rescindir o meu contrato.


Foi quando você tentou a sorte no Corinthians e não deu certo, é isso?

Exato. Fui para São Paulo para o período de testes no Corinthians, mas a pessoa que me levou não honrou com o que havia prometido. Nem cheguei a treinar no Corinthians, que estava trocando de presidente na época e vivia uma situação complicada. Fui para o Ferroviário, de Araraquara, onde fiz uns três jogos e marquei cinco gols. Mas lá também não estava muito bom e eu tomei a decisão de voltar para Belém e ficar perto da minha família. Tentei no Ananindeua e Pinheirense, mas já estava pensando em desistir da carreira, quando o Nad soube que eu tinha voltado de São Paulo e me convidou para retornar ao Paysandu. Fui emprestado ao Time Negra, que pertencia ao Paysandu. Lá ganhei experiência e fui transferido de volta para o elenco bicolor.


O Nad parece ter uma importância grande em sua carreira, correto?

Sem dúvida. Ele sempre apostou no meu potencial. Além de um incentivador, o "professor" Nad também atua como uma pessoa que me aconselha bastante. Ele está sempre conversando comigo, mostrando o que devo e o que não devo fazer para ter sucesso na carreira. Mas também sou grato ao (Luís Carlos) Barbieri (ex-treinador bicolor), afinal de contas foi ele quem me deu as primeiras oportunidades no time principal do Paysandu. Acho que a pessoa tem de ser grata. Na pré-temporada, estava abatido com a possibilidade de ser emprestado e o Barbieri chegou levantou o meu astral.


O que o futebol mudou na sua vida até agora?

Muita coisa e ainda continua mudando. Hoje moro em um local mais perto do centro, sem desmerecer onde eu e minha família morávamos (ocupação Fé em Deus, no bairro do Tenoné). Na verdade, por mim, nem sairia de lá, mas o pessoal (diretoria) do Paysandu achou melhor vir para esse apartamento para ter mais segurança. Mas continuo mantendo as minhas amizades no meu bairro de origem. Lá eu jogava minha bolinha com os colegas em arenas e pude dar meus primeiros passos no futebol. Só parei de jogar pelada quando passei a ser profissional. Não podia correr o risco de sofrer uma lesão e colocar tudo a perder.


A sua mãe sempre o apoiou ou pretendia que você seguisse outra carreira?

De início, a ideia dela era que eu estudasse e tivesse outra profissão. Mas consegui mostrar a ela que seria feliz jogando futebol e que, sendo um atleta profissional, conseguiria melhorar de vida. Graças a Deus, a coisa vem dando certo e hoje ela é uma grande incentivadora da minha carreira. Minha mãe quando pode assistia aos jogos e torcer por mim e pelo Paysandu. Aliás não é só ela que me incentiva. Também tenho o apoio das minhas irmãs (Jaqueline e Mirian), da minha namorada (Mayara) e dos meus amigos de infância.


Depois de conquistar a Taça Cidade de Belém dá para sonhar com a classificação à terceira fase da Copa do Brasil?

Sabemos que o Palmeiras é um grande adversário, uma das maiores equipes do futebol brasileiro. Aqui o time deles já mostrou sua força. Mas não podemos ir para São Paulo pensando que é impossível vencer. São onze contra onze. Mas como disse, sabemos da força que tem o outro lado, ainda mais tendo a vantagem de jogar em casa, com o apoio da torcida e num estádio onde está acostumado a jogar.

Amazônia Jornal

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2 comentários:

Unknown disse...

O garoto Moisés, nosso talento !

Um dos melhores jogadores que temos, eu o admiro muito e ficaria lisongeada se pudesse conhecê-lo pessoalmente.

=)

Unknown disse...

bruxinh4m4@hotmail.com

Orkut e Msn ;*
Qualquer coisa é só me procurar !