Com o time definido, o Paysandu tentará usar uma de suas principais virtudes para vencer o clássico contra o Remo, amanhã à tarde: o bom condicionamento físico. O time tem se especializado em melhorar de rendimento na segunda etapa, quando geralmente os adversários começam a puxar o freio de mão. O Remo, por exemplo, tem caído de produção em todas as partidas com o passar dos ponteiros do relógio.
Nos dois últimos compromissos, o Papão deixou para vencer apenas na etapa final, sem mostrar uma queda acentuada de desempenho. Mas, para o preparador físico do Papão, Antônio Teles, o "Pompeu", isso é um risco que o time não deveria correr.
"Já conversamos com os jogadores a respeito dessa situação. O time corre bem e reverte as situações, mas há dias em que não vai dar, ou seja, ou o time adversário vai se fechar ou vai chover muito e complicar tudo", disse. "Os primeiros 70 minutos formam a zona de performance, em que todo mundo segura bem. A partir daí, os jogadores começam a cair. Quem está melhor fisicamente, se sobressai a partir daí. Peças de reposição também são muito importantes, como o que ocorreu no último jogo", explicou Pompeu.
O preparador físico entrou na comissão técnica com a chegada de Charles Guerreiro. Ele afirma que encontrou o elenco em boas condições e deu uma espécie de sequência ao trabalho que vinha sendo feito.
"O nível não era ruim, mas o elenco tem muitos jogadores que vinha de um longo tempo parado. Fizemos uma nova avaliação para ver quem estava com déficit de preparação e quem precisava ser um pouco mais poupado."
Segundo Pompeu, a pausa da primeira rodada do returno, quando oito titulares foram poupados, era necessária e já estava programada. Ele exaltou a qualidade do elenco, que segurou a barra enquanto os chamados titulares tinham que ter uma pausa no esforço.
"É claro que o time sentiu, mas foi mais por ritmo de jogo. Coletivo é uma coisa, jogo é outra. O repouso programado foi para poupar quem estava jogando demais. Contra Santa Rosa e Ananindeua, isso surtiu efeito, já que quem entrou fez a diferença."
O preparador físico lembrou que outro motivo do revezamento entre jogadores é a qualidade dos campos dos estádios utilizados nos Campeonato Paraense. "Os campos pesados nos obrigam a sempre fazer trabalho de reforços muscular. O campo pesado é um perigo para a musculatura cansada: um convite a lesões", afirmou Pompeu.
Para os jogadores, não há dúvida que o condicionamento físico tem feito diferença. "Estamos correndo bastante e os méritos têm que ser divididos com a comissão técnica. Estar bem preparado fisicamente é um grande trunfo para chegar às vitórias", confirmou Alexandre Fávaro.
Amazônia Jornal
0 comentários:
Postar um comentário