Não bastasse o coice ainda teve a queda. Além de dar adeus a disputa do returno, com o empate (2 a 2) diante do Remo, o Papão ainda perdeu no clássico três peças importantes do time para os jogos finais do Paraense, a chamada Taça Açaí. O volante Sandro, principal jogador de marcação do meio-campo, e os apoiadores Thiago Potiguar e Fabrício, articuladores das jogadas de ataque do time, levaram o terceiro cartão amarelo e cumprirão suspensão no confronto do dia 30. O trio só volta a ter condições de jogo na última das duas partidas que apontarão o campeão estadual da temporada, dia 6 de junho.
O técnico Charles Guerreiro admitiu, nas entrevistas após o Re x Pa, que este foi mais um revés sofrido pelo Papão, no último sábado. "São três jogadores importantes no esquema de jogo que adotamos e que terão de ser substituídos à altura", avaliou. "É lamentável ter de ficar sem esses atletas, mas temos de conviver com essa situação", prosseguiu. O treinador afirmou, porém, que tem como solucionar o problema. "O grupo tem outros jogadores que podem entrar na equipe e cumprir com a mesma função desempenhada por esses que estão impedidos de jogar", discursou.
Guerreiro descartou qualquer tipo de armação no Re x Pa para beneficiar o adversário, abrindo assim a possibilidade de mais dois classicos na final do campeonato. "Quem conhece a revilaidade que existe entre Remo e Paysandu sabe que isso é impossível", afirmou. "Além disso, aqui no Paysandu temos profissionais sérios, que jamais se prestariam a esse tipo de coisa", argumento. Mesmo com o empate, que permitiu a classificação do adversário, o treinador alvi-azul comparou o comportamento dos dois time e concluiu: "Nossa equipe foi bem superior", disse.
Questionado sobre as declarações do técnico do Leão, Giba Maniaes, que viu o seu time superior nos 90 minutos, Guerreiro foi enfático: "Com todo o respeito, ele deve ter visto outro jogo". O comandante do Papão salientou que o Remo só conseguiu mostrar alguma coisa nos últimos minutos do confronto. "Foi quando relaxamos na pegada e abrimos espaços para o time deles jogar", analisou. "Antes disso o Paysandu sempre esteve bem mais perto do terceiro gol do que eles do empate", declarou.
A crítica maior de Guerreiro ao seu próprio time foi com relação a falta de uma marcação mais forte. "No final faltou um pouco de vontade, uma doação a mais de cada jogador, uma pegada maior", acusou. "Em clássico a atenção tem de ser os 90 minutos. Só pode haver relaxamento depois do apito final", ensinou.
Fonte: Amazônia Jornal
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