Amanhã de ontem foi de alívio para o meia-atacante Lúcio. O exame a que se submeteu na tarde da terça-feira confirmou uma lesão na coxa direita do jogador, mas em grau bem menor do que se esperava. Há a possibilidade de ele ser liberado para treinos com bola já na próxima segunda-feira, o que pode viabilizar sua viagem junto com a delegação para o sertão pernambucano.
O alívio foi maior porque Lúcio havia afirmado se a lesão o tirasse dos gramados por um tempo considerável ele pediria rescisão contratual. O meia sentiu a coxa aos 18 minutos do primeiro tempo contra o Rio Branco e admite que ficou chateado com insinuações de que teria vindo a Belém já lesionado, o que refutou veementemente.
"Foi feita uma ultrassonografia e graças a Deus não é nada grave. Acredito que na semana que vem possa treinar com bola junto com o pessoal", confirmou Lúcio. "Teve gente que achava que vim para cá machucado, o que é um absurdo. Foi uma fatalidade o que aconteceu. Se fosse uma contusão séria eu realmente não ficaria aqui, jamais faria isso com o Paysandu", completou o jogador.
Passado o susto, o experiente meia, de 35 anos, já fala com mais tranquilidade sobre os dois confrontos com o Salgueiro, jogos que separam o Papão do tão esperado acesso à Série B. para ele, a tradição e a força da torcida sugerem um natural favoritismo ao Paysandu, o que vem muito mais de fora do que de dentro do elenco, mas que nem por isso os bicolores podem achar que a classificação tende a ser fácil.
Segundo Lúcio, o Papão tem que ir lá com espírito de decisão para fazer um bom resultado e, em casa, aí sim ter mais tranquilidade para poder comemorar o acesso. "O Paysandu, pela tradição, é o favorito, mas não podemos achar isso, temos que jogar de igual para igual. Temos que fazer valer nossa força lá. Já atuei lá em Salgueiro algumas vezes. A equipe deve ter mudado muito, mas sempre merece respeito."
Em busca de informações para partidas
O volante Tácio é uma espécie de voz da ponderação dentro do elenco bicolor. Bem articulado e de fala mansa, invariavelmente ele é um dos escolhidos a dar entrevistas quando o resultado não é dos melhores. Invariavelmente, é também muito lúcido nas declarações. "Às vezes os erros são inevitáveis, mas temos que errar o menos possível daqui em diante. O momento é de pensar única e exclusivamente no acesso, deixar de lado os privilégios pessoais e pensar somente nos profissionais", afirma.
Tácio sabe que por ter uma visibilidade bem maior que o adversário, é de se supor que o Salgueiro tenha mais facilidade de obter informações sobre o Paysandu que o contrário. Por isso todo mundo tem procurado obter informações de todos os jeitos para não ser surpreendido no dia dois de outubro.
"É mais fácil eles conseguirem informações nossas do que a gente deles, mas a comissão técnica está buscando informações, nós mesmos procuramos nossos amigos que conheçam lá. Já sabemos que é difícil jogar lá, mas independente das dificuldades chegou o nosso momento. Conseguimos o segundo jogo em casa e temos que ter uma excelente primeira apresentação."
As duas semanas até a realização do primeiro jogo com o Carcará do Sertão e, também, entre o primeiro e o segundo, não são, de acordo com o volante, problemas. Tácio lembra que o elenco já passou mais de uma vez por essa situação nessa competição. "Já tivemos experiências anteriores com uma parada assim, de duas semanas. Felizmente o trabalho sempre se manteve intenso. Temos mais a ganhar do que a perder. É um tempo a mais de fazer os ajustes que o Charles considerar necessário. Todo mundo está se doando, vendo o que o Charles vai fazer com a equipe. O importante é não perdermos a partida. Vamos para vencer, mas o importante é não perder."
Tácio é enfático ao afirmar que o atraso no pagamento do salário de agosto, apesar de incomodar, não é algo que tira o sono do elenco. O foco continua o mesmo de antes. "Estamos conversando e tenho certeza que isso será resolvido o quanto antes. Importante salientar que em momento algum houve qualquer tipo de descontentamento. Todos aqui são conscientes e nosso foco continua sendo a Série B. A diretoria vai fazer o papel dela".
Amazônia Jornal
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