Do jogo com o Rio Branco-AC, o último da fase anterior, até o primeiro com o Salgueiro-PE, no próximo domingo, 2 de outubro, o Paysandu ficará duas semanas sem partidas oficiais. Desse jogo até o segundo, em Belém, mais duas semanas. É tempo que não acaba mais. Por um lado, é bom para quem tem que recuperar jogadores, fazer últimos acertos e descansar o elenco. Por outro, cria uma ansiedade por entrar em campo que só faz aumentar entre os atletas.
Para o centroavante Bruno Rangel, artilheiro da Série C com sete gols, chega a ser agonizante tanto tempo entre uma partida e outra, sentimento potencializado pela espera da torcida bicolor pela saída da Terceira Divisão.
'É uma agonia porque queremos que esse jogo chegue logo. Dá uma ansiedade porque quem chegou aqui escuta sobre ele desde sempre. São quatro anos nessa situação que não fomos nós quem colocou o Paysandu, mas hoje estamos aqui e é nossa responsabilidade tirá-lo de lá.'
O primeiro jogo em Salgueiro (PE) suscita vários sentimentos. No meio da semana passada o volante e capitão Sandro, principal jogador e referência do elenco bicolor, comentou que um deles é o medo e quem tem que ser dessa forma para que o time esteja sempre ligado. Ele lembrou da decepção de 2009 quando o Papão, nessa mesma situação, encarou e se deu mal diante de um adversário também com muito menos tradição, o Icasa-CE.
'Assusta sim. Ano passado tivemos um adversário desconhecido e tropeçamos no Icasa, o que não pode acontecer de novo', disse Sandro. Bruno é de opinião semelhante. 'O medo faz a gente entrar mais concentrado no jogo. É uma forma de demonstrar respeito ao adversário'.
O centroavante é mais um a confiar que o Papão finalmente volta para a Série B, mas faz um alerta. Mesmo o entusiasmo pessoal dele em concorrer a artilheiro da competição pode não ser suficiente para que ele marque sempre, nem que o time bicolor faça sempre placares elásticos. A essa altura da competição, diz ele, o que interessa é vencer e garantir a classificação.
'As pessoas têm que entender que é difícil ganhar sempre com goleada, o que vale são os três pontos. É claro que estamos no campo para aproveitar as oportunidades. Cabe à gente agora ter mais tranquilidade nesses momentos, mas isso não preocupa tanto. Se vencermos sempre de 1 a 0 vamos nos classificar e sermos campeões', finalizou Bruno.
Amazônia Jornal
0 comentários:
Postar um comentário