Há muito tempo que o trabalho do ‘professor’ Charles Guerreiro com seus jogadores ultrapassa os ensinamentos com a bola. Durante o Campeonato Paraense, o treinador, evangélico, recorreu ao pastor da sua igreja para ministrar palestras aos jogadores. Dessa vez, além de apostar nas orações, recorreu ao livro ‘Valorize a sua Personalidade’ com mensagens de otimismo e também ao trabalho de um psicólogo. Potiguar conta a lição que aprendeu. “Ele (o psicólogo) falou que a gente não pode baixar a cabeça em um momento que o time jogar mal. Tem que esperar o apoio da torcida também”, revela.
De acordo com o técnico, o time está preparado, mas sempre precisa de algo a mais e explica que procura fechar o time de todas as maneiras pela importância do jogo, por isso, as ajudas de outros profissionais são bem recebidas, em especial quando é preciso manter a calma. “A responsabilidade aumentou porque é uma decisão dentro de casa e nós não podemos errar. A ansiedade nós temos que controlar, tem que dormir cedo. É um jogo decisivo e quem vier para ajudar é importante”, conta.
Atrapalhar sim, mas sem extrapolar
Com a chegada prevista para a noite de ontem em Belém, a delegação do Salgueiro vem com dois jogadores que não participaram do primeiro duelo do mata-mata, o atacante Júnior Ferrim e o zagueiro Eridon, mas em compensação teve que abrir mão do capitão Henrique, que ainda não ganhou condições de jogo e do outro zagueiro, Lúcio.
No entanto, além dos desfalques, o time vai precisar de muita paciência para escapar dos fanáticos bicolores que pretendem botar pressão em cima dos pernambucanos, como soltar fogos em frente ao hotel em que estão hospedados e fazer buzinaço durante a partida, como os bicolores sofreram na ida.
De acordo com Bosco, lateral do Paysandu, a experiência de ser acordado com rojões não é nada agradável. “Atrapalha e muito. Lá em Salgueiro não teve, escutei alguns foguetes, mas não foram muitos. Eu vivi uma final em que soltaram foguetes por volta de três horas da manhã. Atrapalha o sono, é complicado. Isso é uma atitude que todo torcedor tenta fazer, porque faz o adversário sofrer. Em todo lugar se faz isso”, minimiza.
Todavia, o atleta reitera que a torcida só não pode passar dos limites. “Acho que o torcedor quando está em sua casa tem o direito de fazer o que quiser, sem extrapolar, sem entrar em violência. Tem o direito de torcer e atrapalhar o adversário”. O Carcará treina hoje no Baenão, pois não teve a Curuzu liberada para o reconhecimento do gramado.
Diário do Pará
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