
O local da despedida dos jogadores foi o estacionamento da Curuzu. Lá se abraçaram e saíram um a um. A maioria em seus carros, alguns a pé. Todos repetiam basicamente o mesmo discurso de não saber o que aconteceu, do desejo de permanecer no clube e que estavam todos muito tristes. Foi assim também com o goleiro Alexandre Fávaro.
Já quase indo embora, ele deu meia volta no automóvel, saltou e foi conversar com a imprensa. Mal conseguia falar, mal conseguia encarar as pessoas. O mais regular de todos na Série C e ídolo da Fiel, com um trabalho reconhecido por todos, era a imagem da desolação.
"O sentimento é de uma tristeza muito grande, principalmente pela nossa torcida. Particularmente estou muito triste. Se o presidente me der outra oportunidade eu quero ficar, enquanto não ver o Paysandu na Série B não gostaria de sair", disse. "Ninguém esperava o que aconteceu.
É minha quarta temporada no Paysandu e tenho muito carinho pelo clube. É difícil, muito difícil. Queria ter deixado outra impressão. Mas quem sabe não posso ficar e deixar outra imagem?", completou Fávaro.
Mesmo tendo sido um dos poucos poupados de críticas não só domingo, como em toda a temporada, o goleiro afirmou que o ano não foi bom. "Não considero que a temporada foi boa para mim. Sem o acesso ficou um vazio enorme. Apesar de ter trabalhado bastante, não consegui o que queria. Quero ficar e deixar o Paysandu onde ele merece."
Fávaro preferiu não apontar erros individuais pela desclassificação. Ele afirmou que com o tempo cada um poderá avaliar melhor o que fez ou deixou de fazer em campo. Num ato falho, deu declarações como se já se considerasse no clube em 2011. "Não estou aqui para acusar ninguém.
Foi um todo. Não é hora de expor ninguém. Cada um sabe o que fez e não fez. A consciência de cada um faz as cobranças e isso não tem como apagar. Vamos seguir em frente que o Paysandu é grande, tenho certeza que as coisas melhorarão. Ano que vem, vamos batalhar tudo de novo."
Amazônia Jornal
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