Bruno Rangel: acerto com Papão depende da eleição

Bruno Rangel

As indefinições na alta cúpula bicolor estão atrasando o planejamento do clube, conforme tem frisado o presidente do Paysandu Luís Omar Pinheiro. E o planejamento que atrasa não se resume à chegada da nova comissão técnica ou dos reforços para a temporada 2011: alguns jogadores não sabem se entram na lista dos que ficam ou se engrossam o listão daqueles que saem do clube. Entre os casos pendentes está o do atacante Bruno Rangel, artilheiro da Série C e artilheiro do Papão em 2010.

Curtindo férias com a família no interior do Rio de Janeiro, o carioca de 28 anos vive a expectativa pela definição dos novos “chefões” bicolores. Artilheiro do Pay sandu com 17 gols na temporada, o atacante foi o quarto jogador de um clube paraense a garantir uma artilharia nacional. Mas nem mesmo tais marcas constroem a certeza de permanência.

“Estamos esperando pela definição da nova presidência. Não adianta eu acertar agora com o Luís Omar e vir outro presidente me dispensar depois”, aponta. “De qualquer forma o presidente e o Louro (Antônio Cláudio Pereira, diretor de futebol do Paysandu) têm me ligado e reforçado o interesse na minha permanência”, garante Bruno.

E apesar do grande assédio que vem recebendo, o jogador afirma o interesse em permanecer. “Proposta concreta mesmo eu tenho duas, mas meu procurador pediu pra eu não citar nomes. Interesse mesmo eu tenho em ficar no Paysandu. Falta só esse acerto com o futuro presidente”, lembra o jogador, que ainda tem pendências financeiras com o clube.

Quem sabe não surge um novo Potiguar

Enquanto Bruno Rangel ainda não definiu seu futuro, o meio-campo Vaninho foi mais um dos bicolores que já voltou aos treinos. Ontem de manhã, ele fez os primeiros treinos físicos e, mesmo depois de quase um mês sem jogar, pode pintar na equipe no amistoso desse final de semana, contra a seleção de Ponta de Pedras, na ilha do Marajó.

Com o sorriso fácil e as brincadeiras características, Vaninho fez cara feia na corrida. Mas não era sinal de má vontade, até porque mesmo tendo desembarcado em Belém de madrugada, não se furtou a treinar logo pela manhã. E a torcida pode ter muito mais Vaninho nessa segunda temporada com a camisa bicolor. Pelo menos no que depender do jogador.

“Esse ano cheguei meio tarde, com o campeonato paraense rolando e isso complicou um pouco (na disputa por uma vaga)”, lembra o jogador, que chegou à Curuzu vindo do Potiguar de Currais Novos, do Rio Grande do Norte, cercado de boas referências e com o respaldo dos amigos Álvaro e Thiago Potiguar.

Em busca de um lugar entre os titulares e de largar na frente por uma vaga em 2011, os amistosos de preparação são valiosos. “Se der pra jogar, eu jogo. Eu tô a fim, mas vamos ver”, aponta o meia, que tirou de letra a viagem de barco. “Sou acostumado à praia, barco, essas coisas. Não vai ter problema não”, garante o serelepe e baixinho driblador alviazul.

Diário do Pará