O ex-presidente falecido do Paysandu, Miguel Pinho, ‘ressuscitou’ o Time Negra no ano de 2008 com objetivo de deixar os jogadores das categorias de base do clube em atividade. Apesar disso, parte da imprensa esportiva paraense e os clubes que disputam o Campeonato Paraense não foram favoráveis à ideia, em razão de que poderia dar margem a possíveis favorecimentos ao time principal do bicolor ao longo da competição. Contudo, a Federação Paraense de Futebol (FPF) nunca proibiu o acordo entre os clubes.
Após dois jogos na primeira fase do Parazão, o ‘projeto’ Time Negra não deu certo. Ao comando do ex-jogador Didi, a equipe conseguiu, apenas, um empate e uma derrota. Para melhorar o desempenho da equipe, o presidente Luis Omar Pinheiro liberou quatro jogadores para atuar com a camisa do alvinegro: o goleiro Ney, os meio-campistas Tiago Potiguar e Marquinhos, além do atacante Heliton. Na última partida, com os reforços, o time empatou em 1 a 1 com o Parauapebas.
Agora, Sérgio Cosme pediu o retorno dos atletas para o futebol profissional. O próprio Marquinhos disse não gostar de jogar pelo “Papão B’. “O presidente pediu pra gente dar uma ‘força’ no Time Negra, mas eu sabia do risco que isso poderia representar pra mim. Deixei claro para o novo treinador que o meu objetivo é o Paysandu. Respeito o Time Negra, só que existe o risco de lesões e se o time não for bem, é a nossa imagem que fica ‘arranhada’. Se depender de mim, fico só no Paysandu”, disse.
Por outro lado, o técnico Didi disse que, caso os jogadores voltem para o Paysandu, continuará apostando na base. “Temos os jogadores que estavam jogando no campeonato. O ruim é chegar com eles e dizer pra voltarem para suas posições, como uma espécie de ‘tapa buraco’”, declarou.
DOL
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