Mais uma vez apelo para os noticiários e comentários postados nos matutinos de nossa Belém, para escrever sobre o jogo da manhã de domingo entre Paysandu e Tuna Luso, haja vista que estava no momento a bordo de uma aeronave para mais uma viagem a serviço da empresa a qual estou vinculado.
Nosso time, segundo farto material que li, deu para concluir que foi bem diferente do domingo passado em que saiu de campo batido pelo Independente. Teve oportunidade de sair com uma goleada em cima do adversário. Aí me pergunto, o que fez a diferença? O passo atrás dado pela diretoria na reintegração dos jogadores demitidos? A entrada do jogador Andrey no lugar do Elvis? A reação da torcida crucificando o Sergio Cosme e o Ari depois daquele jogo?
Deixo a critério de cada leitor tirar suas conclusões, entretanto, para mim me parece que o conjunto de tudo isso fez a diferença, pelo menos nesse jogo.
O Líder tem que estar preparado para dar feedback a sua equipe, sob pena de desmotivá-la e baixar sua estima. Não é com demissão de pretensos culpados pelos insucessos que vamos ter respostas positivas. O efeito pode vir ao contrário, e veio. As classes trabalhadoras há muito tempo estão organizadas, são corporativistas e não podemos esquecer que jogadores de futebol estão ali enquadrados. Lembram da democracia Corintiana, encabeçada pelo Dr. Sócrates? Portanto, todo cuidado é pouco. Se quisermos ter uma equipe focada nos resultados, devemos estar atento a tudo isso e, quando preciso for tomar alguma atitude, que seja com toda cautela, deixando claro e transparente para o grupo a sua necessidade. Nunca, qualquer providência, por mais necessária que seja, deve ser tomada sob forte emoção ou pressão. Quando assim acontece, a margem de erro é grande e pode ser fatal contra qualquer instituição.
De volta ao jogo, ficou provado com a entrada do garoto Andrey que temos no elenco jogadores capazes, apesar de parecerem “verdes”, que podem ser de grande utilidade ao time. Quantos Andreys estão no elenco em busca de uma oportunidade desta para mostrarem seus talentos? Ou será que vão ter que sair e aparecer em times do sul e sudeste, como foi Ganso, Pará, Jóbson e outros. Será que não vamos nunca tirar nota 10 nessa matéria? Será que só os empresários têm competência para descobrir nossos tesouros? Cadê o garoto Djalma que muito se falou durante a Copa São Paulo?
Por fim, meus amigos, no domingo da derrota para o Independente, a torcida foi dura com o Sérgio Cosme e com o Ari. Pois bem, eles foram vencedores no jogo de ontem. O técnico pelas mexidas no time quando foram necessárias e o Ari pela atuação segura e o gol que selou a vitória e deu a tranquilidade ao time e a torcida. É hora de se penitenciar e reconhecer que também tiveram importância no jogo.
A Sérgio o que é de Sérgio e a Ari o que de Ari!
Como estamos vivendo a semana santa, encerro com trechos do Sermão da Montanha proclamado por Nosso Senhor Jesus Cristo que muito bem se enquadra aos “vilões” escolhidos por nós para subirem ao Calvário e serem crucificados junto com Ele, naquele “Domingo Sombrio”.
“Bem aventurados os que choram, porque eles serão consolados.
Bem aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra.
Bem aventurados os que sofrem perseguição, porque deles é o reino dos céus”.
Que o sangue mostrado em gesto pelo Sidny nas primeiras páginas dos jornais, corram nas veias e nos corações de nossos Gladiadores enquanto estiverem em campo lutando e vestidos com nosso Manto Sagrado.
RUMO AO TRICAMPEONATO – VIVA O PAYSANDU!
Ubirajara Lima
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