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| Se não deu na técnica, bicolores abusaram da vontade (Foto: Mário Quadros) |
A apresentação do time alviceleste foi apática durante os dois tempos da partida. Com isso, os visitantes aproveitaram para explorar principalmente o lado esquerdo da defesa bicolor, que ficou ainda mais exposto quando o lateral Jean saiu de campo, machucado, ainda no primeiro tempo, e o volante Charles Vagner passou a atuar improvisado na ala esquerda.
No início da segunda etapa, o time de Lucas do Rio Verde, que já havia criado mais no período inicial, quase abriu o marcador, mas primeiro Alexandre Fávaro e depois Leandro Camilo salvaram os bicolores do perigo. Mesmo sem um meio criativo, com apenas um homem marcando no meio campo e o ataque totalmente perdido, o Papão conseguiu marcar, após um cruzamento do atacante Rafael Oliveira, que encontrou o zagueiro Vagner livre para cabecear e estufar as redes do adversário, aos 30 minutos. Depois disso, os visitantes ainda tentaram chegar ao gol de empate, mas o Papão se fechou todo no campo defensivo, principalmente depois que Josiel saiu para a entrada do zagueiro Márcio Santos.
Com a vitória, o Paysandu chega aos 11 pontos e já pode garantir a classificação na próxima rodada, quando enfrenta o Rio Branco (AC), fora de casa, no dia 11 de setembro, depois de folgar por uma semana. Já o Luverdense, permaneceu com sete pontos e precisa vencer o Rio Branco, em casa, no outro domingo, para continuar vivo na competição.
Sem esse papo de espetáculo
Foi na base da garra, da superação e sem exibir uma grande atuação que o Paysandu venceu a terceira partida neste Campeonato Brasileiro da série C. A conquista dos três pontos, aliás, é vista pelo técnico Roberto Fernandes como o mais importante, independendo da exibição do time, para que a equipe siga rumo ao acesso à série B.
“O Paysandu fez uma exibição dentro daquilo que é a competição. Acho que cinco anos ainda é pouco tempo para as pessoas entenderem o que é a série C. Todos continuam com aquela coisa de que o Paysandu é melhor que todo mundo, mas não é assim, não. O time da Luverdense é muito bom”, argumentou o treinador, que, em seguida, fez uma série de elogios individuais aos jogadores do adversário. Seguindo a análise, Roberto Fernandes disse que o campeonato é extremamente difícil. Como exemplo, ele usou o Fortaleza (CE), que, segundo Fernandes, é tão recheado de ‘estrelas’ quanto o Paysandu. “Eles já estão com o terceiro treinador, dispensaram oito jogadores”.
Para o treinador, é preciso respeitar e ter orgulho da tradição do Paysandu, que não deveria estar na terceira divisão, mas ele também prevê encontrar muita dificuldade pela frente. “Não pensem que nós vamos passear na terceirona, não, porque com esse pensamento que há cinco anos o time não consegue sair do buraco. Então, é com muita luta, é com sofrimento. Jogo bonito na série C? Complicado. Às vezes, nem na série A não conseguimos ver. Temos que ter os pés no chão. O que o torcedor quer é voltar à série B. De três em três pontos nós vamos voltar”, encerra Fernandes.
Diário do Pará

1 comentários:
Esta reportagem é um exemplo de como a mídia marrom (aquela que se compraz em implicar com o Paysandu) vai minando o Papão, comendo pelas beiradas...
Sabe-se, de um modo geral, que em toda observação, as inúmeras informações recebidas são organizadas e nesse trabalho de organização são privilegiados certos aspectos. Por exemplo duas pessoas diferentes observando a mesma paisagem selecionam aspectos diferentes,pois o olhar não é uma câmara fotográfica que tudo registra, mas há uma "intenção" que dirige todo olhar.
Da mesma forma, ao fazer uma coleta de dados, o jornalista precisa selecionar os mais relevantes para o seu “discurso” para a sua matéria jornalística. O critério para essa seleção obviamente já orienta a sua observação.
Portanto, a posição empirista, positivista está equivocada. O jornalista observa os fatos? Mas que fatos? Ora, os fatos não são o dado primeiro. Como dizem os franceses: “ Les faits sont fait” (Os fatos são feitos), são o resultado da observação interpretativa. O jornalismo não pode fugir disso. Toda matéria jornalística é uma interpretação dos fatos. Na matéria acima se vê, sem esforço, que houve uma seleção de fatos referentes na partida Paysandu e Luverdense, e foram escolhidos apenas os fatos que interessam para uma interpretação negativa, tendenciosa, com a intenção de botar pra baixo o Paysandu, de construir uma imagem de pessimismos e fracasso. A matéria é toda recheada de palavras negativas muito bem escolhidas. É muita irresponsabilidade! Só não vê quem não quer!
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