A decisão do STJD reconfigurou todo o cenário para o qual o Paysandu se preparava. A missão "quase impossível" do time bicolor, que tinha de golear e torcer pela derrota do Águia - ou pelo menos um empate -, passou a ser uma batalha que está sob o domínio do time. Os dois clubes paraenses dependem de si mesmos para conquistar as duas vagas do grupo. No caso do Águia, basta um empate com o Luverdense-MT para que o time alcance a segunda fase.
Mesmo com a vida facilitada, o Paysandu tentará dar fim a dias em que as turbulências deram as ordens na Curuzu. Depois de perder no Acre para o Rio Branco (2 x 1) a diretoria achou que era melhor chacoalhar o ambiente. Mandou embora a comissão técnica que vinha trabalhando desde antes do começo da competição. Para o lugar de Roberto Fernandes trouxeram Édson Gaúcho. Os cartolas anunciaram e voltaram atrás numa lista de dispensas, o que só fez abater o elenco. Para arrematar, na quinta-feira à tarde, cerca de 30 pessoas invadiram o campo para atrapalhar o treino. Superação é pouco para levar o Paysandu adiante.
Sem precisa "secar" os adversários, a missão do Papão é manter a pegada que se prenunciava e buscar uma boa vitória sobre o time tocantinense, o que não deixaria de ser um alento à torcida no atual momento, uma forma de espantar todo o negro percurso desde o jogo no Acre. O adversário veio a Belém salvo do rebaixamento, mas sem chances de prosseguir no campeonato. O pensamento do Araguaína está voltado apenas para a segunda divisão do Campeonato Tocantinense.
Sem ter muito tempo para treinar, Édson Gaúcho manteve a base que vinha jogando, mas com uma mudança providencial. Sem quatro titulares, todos suspensos (o zagueiro Vagner, os volantes Charles Vagner e Rodrigo Pontes e o meia Thiago Potiguar), ele tratou de escalar primeiramente a equipe com três atacantes, promovendo a entrada de Héliton, o que muitos torcedores pediam há tempos. Depois, resolveu por reforçar o meio-de-campo com Juliano, ainda assim uma alteração significante.
Uma das consequências dessa semana turbulenta foi o retorno do experiente volante Vânderson. Mesmo sem estar no melhor de sua forma, deve figurar entre os reservas logo mais. Por mais que sua presença seja um típico exemplo da falta de organização e planejamento do clube, ele pode ser mais um a dar uma valiosa contribuição com a história que tem com a camisa azul e branco.
"Penso no final do campeonato em novembro e não só até domingo. Estou confiante e noto que os jogadores também, diferente do desânimo que notei quando cheguei. O Paysandu tem alguns jogadores que nunca passaram por situações como essa. Sei como é isso, já passei por isso e acredito que posso ajudar. Acredito que vai dar tudo certo no final", disse o jogador.
PAYSANDU
Alxandre Fávaro; Sidny, Márcio Santos, Leandro Camilo e Fábio; Daniel, Sandro, Juliano e Luciano Henrique; Rafael Oliveira e Josiel. Técnico: Édson Gaúcho.
ARAGUAÍNA-TO
Ruan; Feltre, Marquinhos, Marcelo e Dido; Jordson, Giba, Kariri e Dângelo; Joãozinho e Éder. Técnico: Sérgio Belfort.
Local: Curuzu.
Horário: 16 horas.
Ingressos: R$ 20,00 (a) e R$ 40,00 (c).
Árbitro: Antônio Santos Nunes (PI)
Auxiliares: Sandro do Nascimento Medeiros (MA) e Diorgenes Menezes Serrão
Quarto-Árbitro: Clauber José Miranda
Amazônia Jornal
0 comentários:
Postar um comentário