O time alviceleste pode se classificar até mesmo com uma derrota, desde que o Águia, líder do grupo A, vença o Luverdense (MT), que também está na briga por uma vaga. Mas ninguém pensa diferente na Cuzuru: a maior meta dos bicolores é a vitória, que automaticamente irá assegurar a equipe na segunda fase da competição nacional e pode até dar a liderança ao Paysandu. Por isso, o técnico Edson Gaúcho pediu muita atenção aos jogadores para a partida deste domingo, considerada perigosa pelo grupo inteiro justamente pelo fato de o Papão enfrentar um adversário que já não tem maiores pretensões no certame nacional.
Por outro lado, eliminado da competição há três rodadas, o Araguaína vai a campo apenas para cumprir tabela, na tentativa de se despedir do Campeonato Brasileiro de maneira honrosa, com o objetivo de, quem sabe, estragar os planos dos bicolores, em plena Curuzu, mas sem nenhuma obrigação, de fato.
Mesmo em situações opostas, Paysandu e Araguaína têm algo muito em comum antes mesmo de a bola rolar: motivação e a chance de tentar outra vez. Porém, a oportunidade dos tocantinenses só virá em 2012, enquanto que o Papão continua vivo, voltando a sonhar com o acesso à série B.
O dedo do professor: Sandro virou titular!
O técnico Edson Gaúcho até estudou a possibilidade de escalar o time com três atacantes para a partida de hoje, contra o Araguaína (TO), mas nos dois últimos treinos táticos realizados na semana, o treinador definiu a equipe no 4-4-2, com Luciano Henrique e Juliano no meio-campo.
A mudança de formação tática, segundo o comandante bicolor, foi causada por uma preocupação que ele tem em relação ao meio-campo que, segundo ele, com três homens no ataque, perderia na criação das jogadas. “O Sandro não é mais aquele cara de 28 anos que chegava e marcava. Ele é hoje o cara que só encosta no adversário, mas se estiver com a bola nos pés, a equipe flui. O adversário pode colocar cinco no meio e complicar para a gente. Então, com Daniel, Sandro e Juliano, que tem uma qualidade maior para chegar na frente com o Luciano Henrique, eu tenho uma proteção maior, também”, ressalta o treinador.
Para o decorrer da partida, o técnico bicolor não poderá contar com o meia Robinho, que treinou durante a semana, mas voltou a sentir dores musculares e está fora do jogo. Quem também pode acabar não sendo relacionado é o atacante Diogo Galvão, que passou pelo mesmo problema do meio-campista. É no meio campo, também, um dos desfalques do time adversário. O Araguaína vai atuar praticamente com a mesma equipe que perdeu para o Luverdense (MT) na última rodada, exceto por duas mudanças: as entradas do zagueiro Paulão e do meia Marcelo.
Boa sorte ao novo cérebro da equipe bicolor
Contratado para reforçar o meio-campo do Paysandu, o jogador Juliano atuou apenas por 15 minutos com a camisa bicolor em toda a disputa do Campeonato Brasileiro da série C. Foi contra o Águia, em Marabá, há mais de um mês, no estádio Zinho Oliveira, que oferece um gramado pouco apropriado para a prática do futebol, o que ofuscou a primeira exibição do meia, segundo ele próprio.
Por isso, o atleta não considera aquela disputa como a primeira, mas sim a de hoje à tarde, contra o Araguaína (TO). “Eu sempre disse que por tudo o que passei, o problema cardiológico e a lesão antes da estreia, que algo de bom estava guardado; que as coisas acontecem no momento certo. Será um grande jogo, decisivo e com o estádio lotado”, acredita Juliano. “Estou muito feliz, a minha hora chegou e trabalhei demais para corresponder e agarrar essa chance”, valoriza o meio campista, que será o substituto de Thiago Potiguar, suspenso.
Com um time formado por uma mistura de jogadores experientes, sobretudo no meio-campo, com Sandro, Luciano Henrique e o próprio Juliano, além de Josiel no ataque, e outros mais novos, Juliano acredita que a combinação tem tudo para dar certo. Segundo o meia, a personalidade dos jovens aliada ao conhecimento dos mais antigos dará o equilíbrio necessário à equipe num jogo em que a classificação bicolor estará em disputa.
Diário do Pará
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