A missão que Andrade tem pela frente no Paysandu é parecida. Vencedor de um Campeonato Brasileiro, que pode ser considerado o Oscar do futebol, o treinador, que também já precisou enfrentar seus próprios problemas pessoais, tem a missão de recuperar um time que está desmotivado, cheio de crises internas que vão da diretoria aos jogadores. Pertence a ele o fardo e a responsabilidade de ser a última esperança do Paysandu nesta temporada, com a missão de ressuscitar a turma bicolor e levá-la á tão sonhada Série B.
Andrade é conhecido por ser um técnico motivador, que usa a conversa para ganhar seus atletas. Nesse momento de turbulência que o Paysandu vive, este já é um ponto positivo para o bicolor.
DRAMA DA VIDA REAL
A saga do Paysandu para conseguir o tão sonhado acesso à Série B parecia tranquila. O time era líder do Grupo E do Campeonato Brasileiro da Série C, mas problemas internos abalaram o clube. Fofocas, divisão de “bicho” (premiação que os jogadores recebem após uma vitória) e as acusações do ex-técnico Edson Gaúcho, de que seus atletas estariam fazendo motim, acabaram tumultuando ainda mais o clima no clube bicolor.
Edson Gaúcho foi demitido na segunda feira (17) passada e as primeiras especulações para saber quem assumiria o “barco bicolor”, que já estava à deriva, surgiram pelo “bocudo” João Galvão, o então técnico do Rio Branco. Também foram citados nomes como Everton Goiano e até mesmo Charles Guerreiro, que treinou o Papão há um ano, quando os bicolores perderam para o Salgueiro, em plena Curuzu.
Nenhum dos nomes citados acabou vingando e, para surpresa de todos, o contratado para ter a missão de levar o Papão de volta à Série B foi o técnico Andrade, Campeão Brasileiro em 2009 pelo Flamengo e considerado o melhor técnico daquele ano.
(Diego Andrade e Sandro Galtran/DOL)
Se pudéssemos resumir a história do Paysandu em um cartaz, a imagem seria a seguinte:
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