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| (Foto: Mário Quadros) |
Entretanto, a Copa do Brasil é uma pedra no sapato bicolor. Ao longo das suas 14 participações na competição, o Paysandu nunca conseguiu passar pela segunda fase, a atual em que o clube se encontra. Com um elenco totalmente renovado, os jovens bicolores pretendem quebrar essa escrita negativa que começa hoje às 21h50, no estádio Mangueirão.
Os jogadores do Papão estão atentos à boa qualidade técnica do adversário, principalmente do meia-avançado Marcelinho Paraíba. Porém, os bicolores pedem a presença do torcedor para apoiar e incentivar o time nesta difícil partida.
Mas, se depender do Leão pernambucano o confronto da segunda fase terminará hoje, pois jogadores e comissão técnica vieram para Belém com força total e com o intuito de tentar eliminar a partida de volta, vencendo o Paysandu por mais de dois gols de diferença.
E você, torcedor bicolor? Ficará em casa torcendo à distância para que algo ruim não aconteça com o seu clube do coração? Ou vai ao estádio para dar o apoio devido ao Papão? É hora do calor e da força da torcida. De mostrar para o Brasil inteiro que o futebol paraense está vivo e que promete retornar às grandes competições o mais breve possível!
Informações movimentam adversários
O técnico do rubro-negro pernambucano, Mazola Jr., chegou a Belém com o discurso de grande conhecedor da equipe do Paysandu graças a um informante que passou quatro dias na capital paraense acompanhando treinos e jogos. Porém, Lecheva, treinador bicolor, desafiou Mazola na matéria visibilidade dos jogos. Com bastante destreza, Lecheva categorizou. “Talvez eu deva saber mais do Sport que ele (do Paysandu), já que vem passando os jogos deles, eu já assisti três direto. Ainda tem vídeos também. Você tem todas as informações. Já joguei em Recife e tenho amigos que me passam todo tipo de informação”, intimida.
O técnico bicolor também não se incomodou com as declarações dos jogadores e técnico do Sport sobre a possibilidade de vencer o Paysandu por dois gols de diferença, ou mais, para evitar o jogo de volta.
Segundo Lecheva, se o Papão estivesse na mesma situação do adversário, o discurso bicolor, provavelmente, seria o mesmo. “Isso é confiança no seu trabalho. Se você for jogar contra quem quer que seja, você tem que objetivar e fazer o melhor e, na situação deles, é evitar o jogo de volta”. “Mas eu tenho certeza que isso não vai acontecer, a minha equipe vai fazer um bom jogo e nós vamos conseguir a vitória”, prometeu.
Papão perde três, mas ganha dois no duelo desta noite!
Para o primeiro passo rumo às oitavas de final da Copa do Brasil, algo que seria inédito para o Paysandu, o técnico Lecheva ainda não decidiu a equipe que deve entrar em campo. A indefinição acontece porque o treinador não pode contar com o volante e capitão Vanderson, de fora devido uma contratura muscular na coxa direita, e com os jogadores Leandrinho e Bartola, que foram expulsos no jogo contra o Espigão (RO), ainda pela primeira rodada da competição.
Se o Papão perde esses três atletas que vinham atuando no Campeonato Paraense, por outro lado ganha o “reforço” de Harison e Rafael Oliveira, que chegaram ao Paysandu com a janela de inscrições para o Estadual fechada e, por isso, vão atuar pelo bicolor na Copa do Brasil e Série C do Campeonato Brasileiro, somente.
Novidade mesmo no Paysandu ficará para a estreia do atacante Rafael Oliveira. Artilheiro em 2011, Rafael não teve êxito com a equipe bicolor no sonhado acesso à Série B, mas realizou uma boa temporada, que lhe rendeu uma transferência para a Portuguesa (SP) para disputar o Paulista e o Brasileiro da primeira divisão. Porém, o jogador sentiu-se enganado pelo grupo de investidores que compraram os seus direitos. Tudo porque não foi aproveitado como esperava e, por isso, retornou ao Paysandu para tentar dar continuidade em sua carreira, estando, assim, ansioso para entrar em campo hoje. “Estou há dois meses sem atuar. Quero muito jogar. Pode ser dois minutos, pode ser menos ou mais. Quero ajudar o Paysandu e alegrar essa torcida”, disse Rafael. “O jogo é importante, mexe com cidade toda. Espero que possamos fazer o dever de casa e conseguirmos uma boa vitória”, completou.
Sport não quer Papão passeando em Recife
O Leão da Ilha do Retiro vem para este confronto contra o Paysandu, válido pela partida de ida da Copa do Brasil, com o cartel de 13 jogos invicto. O time é o líder isolado do Pernambucano e com vaga garantida por antecipação. Além disso, tem Marcelinho Paraíba como artilheiro do Pernambucano e vem de uma goleada de 5 a 0 sobre o Serra Talhada (PE). Com esses excelentes números, os jogadores do Sport declaram que existe um respeito com o Paysandu, mas farão de tudo para eliminar a partida de volta, no próximo dia 11.
“Devemos ter muita cautela contra o Paysandu. Assistimos algumas coisas, mas o Mazola vai nos passar mais informações. Seria muito bom se pudéssemos eliminar o jogo da volta e vamos com essa mentalidade”, disse o zagueiro Tobi, que retorna à equipe depois de ficar de fora do ultimo jogo do rubro-negro pelo Estadual. Em um tom menos esnobe, Marcelinho Paraíba categoriza que o Leão pernambucano sairá do Mangueirão com a vitória, mas não consegue precisar a quantidade de gols marcados. “Acredito que a gente tem condições de vencer no Mangueirão, mas não posso dizer com quantos gols. Sabemos da nossa capacidade, só que não garanto a classificação na primeira partida”.
Atento aos depoimentos de seus comandados, o técnico Mazola tenta minimizar as declarações de alguns jogadores afirmando que será difícil enfrentar o Paysandu hoje à noite. Ele revela que está atento aos jogos do bicolor paraense e sabe do potencial de alguns jogadores. “As informações que temos é de um time que está evoluindo, classificado para a segunda fase do Estadual e na vice-liderança do certame. O lateral direito (Pikachu) é forte e perigoso, além do volante Vanderson que é técnico. Não estamos obcecados em eliminar o Paysandu na primeira partida. O mais importante é passar de fase, não podemos pensar que teremos facilidade por ser um time de Série C. Se formos com essa mentalidade seremos desclassificados”, concluiu.
Diário do Pará

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