Após vitória no Re x Pa, clima entre os bicolores é de descontração absoluta

O dia seguinte a uma vitória num clássico, mesmo tendo sido apenas um amistoso, geralmente é de calmaria. O sorriso dos bicolores só fez aumentar com a coincidência de ter sido dia de pagamento de salário. Na entrevista coletiva, valia até brincadeira de jogador fazendo pergunta. Enquanto o lateral direito Yago era sabatinado pela imprensa, o zagueiro Thiago Costa esperava a vez para entrar na coletiva. Quando chegou sua vez, quis saber do companheiro sobre a motivação que o time tinha para encarar um clássico que não valia pontos.

"Essa pergunta não foi muito bem feita", brincou o lateral, que em seguida respondeu. "Mas respondo que a motivação foi pela nossa preparação, seja em jogo ou em treinamento". Em seguida, o zagueiro quis saber a avaliação de Yago sobre o passe dado para o segundo gol bicolor, de Héliton, que foi um chute da defesa dado por ele mesmo, Thiago. Assistência que o Yago contestou. "Na minha opinião não foi assistência, não. Foi um chutão para afastar a bola dali."

O clima era tão leve que Yago até brincou sobre a penalidade marcada sobre ele, que originou o primeiro gol do Papão no Re x Pa. Para muitos, não houve falta no lance. O jogador até desconversou, mas lembrou que momentos antes havia sido empurrado dentro da área e nada foi marcado. "Se o juiz marcou, foi pênalti. Acho que o lance anterior foi mais pênalti, ainda."

Para Yago, por mais que a partida não tenha sido válida por nenhuma competição, quem estava em campo sabia o quanto ela era importante e a entrega de todos foi como se estivesse em jogo três pontos. "Foi amistoso, mas quem estava em campo encarou o jogo como uma decisão. Com qualquer vitória ficamos felizes, contra o maior rival, então, mais ainda. Agora é deixar isso para trás porque amanhã (hoje) tem mais trabalho visando a Série C."

Um dos cobradores oficiais de pênalti, o lateral reconheceu que ficou surpreso com a cavadinha de Alex William e admitiu que dificilmente faria algo semelhante. "É o estilo dele e estava confiante. Até pedi para bater, mas ele estava com a bola sob os braços. Ele bateu bem, eu que não teria coragem de cobrar daquele jeito."

O autor do gol garantiu que não foi nada do acaso, e sim fruto de treinamento. "Eu treino cobranças assim. O jogo é o espelho do que se faz todos os dias. Se tive outra oportunidade e der para cobrar daquele jeito eu faço", confirmou Alex William, que agora pensa somente no início do Campeonato Brasileiro. "Uma vitória num clássico dá confiança e mostra que o trabalho está sendo bem feito. Tomara que comece logo a Série C para a gente poder jogar para valer."

Amazônia Jornal