Antes do jogo profissional, o time bicolor já dava um alento do que seria aquela tarde chuvosa de domingo, comandados por Bartola, o sub-20 Alvi-celeste ganhou o sub-20 remista por 2 a 0, um em cada tempo, com dois gols deste garoto de Santa Maria do Pará, um de pênalti e um outro em que nem pude acompanhar direito de tão rápido que este jogador foi, posso até dizer que ele pôde ter bebido uma porção de nitro ou se inspirado no joguinho chamado "crash" antes de entrar para o gramado no segundo tempo.
Chega a vez dos profissionais, os jogadores entram em campo homenageando uma garota, Poliana, de apenas 16 anos, que faleceu vítima de um câncer, foi homenageada pelos jogadores e pela torcida, que fez questão de orar o pai nosso para lembrar o falecimento da mesma, e isso de certa forma mexeu com os jogadores, que entraram em campo com mais garra e com mais vontade de mostrar trabalho, já que as contratações que vieram a pedido de DaVino não estavam sendo bem quistas por aqui por essas bandas.
Um primeiro tempo em que o Paysandu realmente mostrou por que era o "Papão da Curuzú", atacando de todas as formas, cruzando bolas para dentro da área (principalmente para o Kiros, o nosso "K9"), chegando pelas diagonais e também por jogadas individuais. O time azulino pouco podia fazer pois a marcação "barcelonalizada" do Paysandu segurou todo o time adversário nesse período. As chances mais claras apareciam pela esquerda com Kiros e Pickachu mas quem procurava mais as jogadas e que corria o tempo todo dentro das quatro linhas era Alex William, um dos que vieram recomentados por Davino, logo me impressionei com a vontade e ainda disse para mim mesmo:"esse pode mudar a história desse jogo."
Chega o segundo tempo, o Paysandu continua marcando de forma acirrada, mesmo com o time praticamente diferente do primeiro tempo, não dando espaço nenhum para o time adversário, e depois de tantos chutes, lançamentos e passes em direção ao gol, chegou o "diferencial" da partida. Um pênalti que Pickachu sofre, meio que surgiu caindo do céu logo nos primeiros dez minutos, e adivinhem que foi bater o penal... Alex William, ou seja, aí estaria a chance dele ser o cara para diferenciar a partida, e aconteceu o que eu pensei: GOL BICOLOR, com direito a cavadinha e um abraço de todos os jogadores encima do técnico Davino. 1 a 0 PAPÃO.
Depois do gol, o time que já era superior em todo o primeiro tempo se tornou mais superior ainda, tanto é que aos 16 minutos, Hélinton aproveitou a bobeira da zaga, seguiu sozinho até a grande área, cortou o zagueiro e colocou a bola no fundo do gol, cobrindo o goleiro Adriano que até hoje ainda procura a bola pelos céus de Belém, é gol bicolor, 2 a 0 PAPÃO.
Nesse momento, a torcida do outro lado (que já não estava em número alto) começou a deixar o estádio, não acreditando mais no seu time, e aquilo que já estava pior, acabou piorando aos 25 minutos com mais um contra ataque bicolor, Hélinton serviu Leandrinho que sem muito trabalho colocou a bola novamente no gol, é gol bicolor novamente. 3 a 0 PAPÃO.
Depois disso, foi um show a parte, com Thiago Potiguar fazendo firula, gritos de "olé" da torcida bicolor e muita, mas muita alegria dos jogadores do Paysandu em conjunto com a torcida, que digo novamente, foi o fator principal para que os jogadores mostrassem serviço. Com a bênção de Deus e com a graça da menina Poliana, o Paysandu fez 3 a 0 no seu maior rival e abalou as estruturas do time do outro lado da Almirante Barroso. Um show a parte, que pode ser a premeditação do que pode acontecer na série C, resta a nós, acreditar no time que temos para conseguirmos o nosso objetivo final: O acesso.
Ronaldo Santos
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