Visando 'grana' com prata da casa e até Ganso, Papão busca novo cadastro na CBF

Clube reuniu provas e entra com processo no dia 14 para se tornar clube formador de atletas

Ganso

Já com documentos em mãos e até data marcada para entrar com processo junto à CBF (Confederação Brasileira de Futebol), o Paysandu busca, no Rio de Janeiro, se cadastrar como clube formador de atletas. A medida dará ao Bicola direitos em todas as transições de jogadores formados na Curuzu, seja na comercialização de forma direta, como no caso de Yago Pikachu, ou de forma indireta como no do craque - agora do São Paulo -, Paulo Henrique Ganso.
No entanto, para ver o 'dim dim', o Bicola terá de ter seu pedido aceito em uma audiência com a CBF marcada para a quarta-feira (14), no Rio de Janeiro. O gerente executivo do clube, Fred Carvalho, contou como foi este processo para o Papão.
'O primeiro passo foi reunir os documentos que comprovam que o Paysandu, que é um clube quase centenário, tem trabalho de categorias de base e há anos. Depois disso, que foi só uma questão de tempo para reunir toda a papelada, nós encaminhamos tudo aos advogados, que analisaram e formaram o processo para dar entrada junto à CBF com o pedido de cadastro de clube formador de atletas. Agora, depois deste dia 14, só teremos de esperar', falou e completou: 'As chances de conseguirmos são altíssimas, já que temos trabalho comprovado na formação de jogadores, como cadastros e profissionais contratados para isso, como o (treinador e coordenador da base, Carlos) Mancha'.
Com o cadastro em mãos, o Bicola passará a ter direito a uma parte de toda e qualquer transação comercial feita com atletas que foram formados em sua categoria de base, como Ganso:
'O caso do Paulo Henrique Ganso, pode-se dizer, que foi o que despertou esta necessidade (de se cadastrar como clube formador) no Paysandu. A venda dele do Santos para o São Paulo já não nos interessa mais. O objetivo do Paysandu é ter uma parte da próxima venda dele', falou. Se já tivesse o cadastro junto à CBF antes de PH vestir a camisa do São Paulo, o Papão teria embolsado R$ 298.750,00, o que paga 90,53% da folha salarial alviceleste.
Em relação ao cálculo base utilizado para saber qual a porcentagem que um clube formador tem direito sobre os direitos federativos de um atleta, em uma transação comercial, o gerente executivo bicolor explicou: 'Existem várias coisas que são levadas em consideração neste cálculo. Até mesmo o comportamento do atleta e do próprio clube. Porém, a base é de 0,5% por ano que o jogador ficou nas categorias de base'.
A previsão bicolor acerca de uma decisão sobre o pedido de cadastro como clube formador é para acontecer ainda neste mês de novembro, porque, 'se passar para dezembro, chegam os recessos e deve deixar esta decisão para janeiro', declarou Carvalho.
Uma reunião entre o gerente executivo do Paysandu, os advogados do Paysandu e representantes da CBF deve acontecer até o final desta semana, no Rio de Janeiro (RJ), para tratar do assunto.