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domingo, 20 de setembro de 2009

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Artur Tourinho não é um homem de poucas palavras. O ex-presidente do Paysandu é daqueles que defende uma tese e não é vencido tão facilmente. Foi assim que conquistou os títulos mais expressivos da história do Papão. Subiu à Primeira Divisão, conquistou a Copa dos Campeões, além de participar dignamente de uma Copa Libertadores. Mas Tourinho é também apontado como responsável pela queda do clube. Por tudo isso, ele diz o que pensa sobre o atual momento bicolor.

Bola – O que o senhor pensa sobre essa fase do Paysandu? Há três anos o clube padece numa terceira divisão...

Tourinho – Vejo em partes. A primeira é o que chamo de fator econômico. Em 2004, participei de uma reunião com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e a Rede Globo. Eles traçaram um planejamento, um projeto para os próximos 15 anos do futebol brasileiro. 15 ou 20, não me recordo bem. A primeira divisão seria de clubes do Rio Grande do Sul à Bahia, ou seja, passando por São Paulo, Rio. Enfim, a região com três quartos do PIB (Produto Interno Bruto) nacional. A segunda divisão de clubes da região entre Manaus e Belém. A terceira divisão seria para os clubes que fossem caindo, como aconteceu com o Fluminense. Não há capacidade econômica para um clube daqui ficar numa primeira divisão. Por exemplo: o ingresso seria R$30. Um valor alto.

Bola – É só uma explicação econômica?

Tourinho – Não apenas. Há um aspecto da paixão. O que acontece em Belém é só comparado a Porto Alegre. É uma pressão, uma paixão. E você sabe que quando há muita emoção, atrapalha a razão. Há também outro fator, que é o custo Brasil. São fatores extracampo, como a arbitragem, que prejudicam bastante.

Bola – Como o senhor avalia o futebol profissional atual do Paysandu?

Tourinho – Acredito que tenha muita gente mandando e, principalmente, pessoas despreparadas em termos de futebol. Não pode ser assim. Outro problema são as trocas de treinadores. O Valtinho, nada contra o rapaz, chegou aqui mudando todo o time. Isso, numa reta final de campeonato. Não tínhamos um time, tínhamos um amontoado de jogadores. E o Paysandu tinha que trabalhar mais. Nada daquelas folgas... Treinador daqui não dá certo em Remo e Paysandu.

Bola – E com relação ao treinador que foi contratado?

Tourinho – Tenho boas referências. Soube que é um bom formador de plantel e julgo que ele reúne as condições pra fazer um bom trabalho. Para mim, ele é bom e o certo para o momento.

Bola – Você se acha o presidente mais vitorioso da história do Paysandu?

Tourinho – Fui um dos melhores, reconheço.

Bola – E sobre os momentos ruins?

Tourinho – Aquela goleada de 9 a 0 para o Paulista. Eram jogadores sem compromisso. É claro que foi bandalheira.

Bola – É verdade a ideia de processar o clube?

Tourinho – Existe uma política interna que se volta para guerras. Eu nunca fui inimigo do Paysandu, querem destruir o que fiz. Vou à justiça. Oficialmente, cassaram meu título de sócio-proprietário. Mas não é contra a diretoria, porque a diretoria é passageira. É contra o Paysandu.

Bola – O senhor confirma a candidatura para a presidência da Federação Paraense?

Tourinho – Nem confirmo, nem nego. Eu, o Joaquim Ramos, o Sérgio Zumero e o Hamilton Gualberto, ou seja, dois bicolores e dois remistas, estamos estudando. Eu considero o coronel Antônio Carlos Nunes honesto, uma boa pessoa, mas acho que já deu.

(Diário do Pará)

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