Bola - O que tu achas que pesa a teu favor para ser treinador?
Didi – O meu currículo. Fiz curso de técnico no México, passei seis anos lá, dois anos na Alemanha, um na Suíça, outro na Coreia. Aqui no Brasil trabalhei com o Wanderley Luxemburgo, Leão, Zagallo, Muricy Ramalho, Hélio dos Anjos. A gente aprende o básico, mas no dia a dia é que vai aperfeiçoando, como técnico.
Bola- Tu estavas cotado para trabalhar como treinador da base, mas acabou permanecendo no profissional. O que houve?
Didi – Na próxima semana a eu vou sentar com o presidente e ver qual será minha função, se vou para a base ou permaneço no profissional. Eu preferia ficar no profissional.
Bola – O que já deu para perceber nesses poucos dias trabalhando na comissão técnica?
Didi – É muito difícil. Quando se é jogador não se liga muito para algumas coisas no treinamento. Quando se está do outro lado como observador, você se preocupa com as jogadas, com a finalização, é mais estressante.
Bola – Como os jogadores receberam essa troca de função?
Didi – Alguns ficaram surpresos, outros já esperavam.
Bola – Não foi precipitado parar de jogar antes da final?
Didi – Eu estava com as condições um pouco balançadas fisicamente e pensei – bom, as chances de entrar nesse jogo são mínimas, é melhor eu ficar com o Charles por aqui.
Bola – É difícil admitir quando chega a hora de pendurar as chuteiras?
Didi – Muito, mas eu me preparei para isso já há algum tempo e agora só fiz aproveitar essa oportunidade que surgiu, aqui no Paysandu e em um lugar que me identifiquei.
(Diário do Pará)
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