Decisão do jovem em ir à justiça fez diretoria separá-lo do grupo
A decisão do atacante Moisés de ir à Justiça do Trabalho para ter seus direitos federativos ocasionou, ontem, o troco da diretoria do Paysandu, com o qual o atleta tem contrato até 2012. O presidente bicolor, Luis Omar Pinheiro, anunciou, ontem, que a partir de hoje o ídolo da Fiel passa a treinar separado dos demais jogadores. O dirigente ameaçou dar o mesmo destino aos jogadores das divisões de base do clube que estão vinculados à empresa do ex-meio-campista do clube Magnum. Segundo cartola, Moisés foi incentivado por Magnum a recorrer à Justiça. Luis Omar tachou o jogador de "irresponsável e moleque".
A decisão de afastar Moisés do restante do elenco foi tomada pela direção do Papão ainda em Fortaleza/CE, segundo o presidente Luis Omar. A proposta de R$ 100 mil feita pelo Santos/SP para ter o jogador na Vila Belmiro, de acordo com Luis Omar, "mexeu com a cabeça" do atacante alviazul. O presidente mostrou-se irritado com a postura de Moisés, que alegou, na Justiça, que o Paysandu é um clube avacalhado e que ele tem férias vencidas e outros direitos a receber no clube. "Isso é uma grande inverdade", afirmou Luis Omar. "Não existem férias vencidas e todos os diretos do jogador estão em dia. Podemos provar isso com vasta documentação", afirmou Luis Omar.
O cartola lembrou que o atacante trocou a casa onde morava em uma área de invasão no bairro do Tenoné por um apartamento na rodovia Augusto Montenegro, próximo à fábrica da coca cola. "Esse apartamento que ele mora foi alugado pelo Paysandu", informou Luis Omar. "Por isso acho que o que o Moisés fez com o Paysandu foi uma ingratidão muito grande", acusou. O cartola foi além, revelando que o atleta comprou recentemente um apartamento com a ajuda do clube. "O Moisés deu R$ 22 mil de entrada nesse apartamento com adiantamento que o Paysandu deu a ele", declarou Luis Omar.
O presidente destacou que o valor - R$ 100 mil - oferecido pelo Santos para ter o atleta em seu elenco não motivou o Paysandu a se desfazer do atacante. "Qualquer pessoa ligada a futebol sabe que esse é um valor insignificante para a qualidade do Moisés, que é um grande jogador, um atacante de talento, como muitos que já passaram pela Curuzu", discursou Luis Omar. "Mas esse valor parece que mexeu com a cabeça do Moisés e, principalmente, com a desse empresário vagabundo que junto com o Magnum está por trás dessa história", disparou Luis Omar.
Procurados para falar sobre o assunto, nem Moisés nem o ex-jogador Magnum foram localizados. Ambos estavam com seus telefones celulares desligados. Luis Omar conversou com o técnico Charles Guerreiro, quando informou a decisão tomada pela diretoria alviazul. "Essa é uma questão administrativa e que tem de ser aceita pelo treinador", comentou Luis Omar. Segundo o presidente, o atacante só será reintegrado ao elenco depois que retirar a queixa na Justiça do Trabalho. "Enquanto isso não acontecer ele vai seguir treinando separado dos demais jogadores do clube", avisou Luis Omar.
Fonte: Amazônia Jornal
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