Mas, Papão: nem tudo são flores

Estava bom demais para ser verdade, pode ter pensado o torcedor do Paysandu ao assistir os minutos finais da partida contra o Cametá. A lambança da defesa que, resultou em dois gols de Leandro Cearense, nos minutos finais de um duelo que tinha tudo para terminar como uma goleada, deixou o técnico Sérgio Cosme muito aborrecido, ainda mais que foi o último teste antes do temido Re-Pa, por sinal, um dos fatores apontados pelo treinador, para o estado ‘alfa’ da equipe.
“O time não estava bem. A coisa que eu mais faço é respeitar o adversário, um bom time, mas a minha equipe se desinteressou da partida e agora é só esse negócio de Re-Pa. Quando o Ari tomou o terceiro cartão amarelo eu vi o abatimento dele, por não poder jogar (o clássico). Era nítido o desinteresse na partida, ninguém mais teve dinâmica de tática e posicionamento. Estou muito aborrecido”, avisou. Com Ari suspenso, Tinoco deve ser a peça de substituição no Clássico Rei da Amazônia. “Eu confio tanto no Tinoco, quanto confio no Cristiano e no Ari”, afirma.
Para não se decepcionar por completo, restou a Cosme comemorar o bom desempenho do ataque e os três pontos conseguidos. “O ponto positivo da nossa equipe foi o ataque, que retornou, deu assistência, marcou. Agradeci ao Rafael, Mendes, Billy e Alexandre Carioca, que estavam envolvidos no jogo, como deve ser”, avaliou.
Billy tem se revelado uma das gratas surpresas nessas primeiras partidas do bicolor. “O Billy lança, marca, dá passe, ataca. Não é mais meu ídolo, é ‘tri-ídolo’, dentro de campo tem muita personalidade. O Brayan tem que ter mais audácia”, analisa.
Insatisfeito em algumas posições, Sérgio dá pistas do que deve mudar para o Re-Pa de domingo. “Não fomos bem nas duas laterais, com os zagueiros. O setor de quatro não foi bem hoje. Vamos aguardar o retorno do Sidny, Alex Oliveira e ver como o Vanderson vai se comportar nos treinamentos”, planeja.

Diário do Pará