O Paysandu se classificou com uma vitória magra, mas fora de casa, ontem, sobre São Raimundo, em pleno Colosso do Tapajós. O Papão vai pegar o Águia no sábado pelas semifinais.
A torcida do Pantera bem que gostaria que o 1º de abril de ontem fosse uma imensa pegadinha e que no fim das contas o dia nem tivesse existido, evitando assim a dor de ver o time rebaixado no Parazão. Mas, sendo um São Raimundo "de mentira" e sem mostrar garra em campo, os alvinegros não conseguiram evitar a derrota para o Paysandu, por 1 a 0, que classificou o Papão em segundo lugar.
Os bicolores voltam a campo no sábado, quando abrem as semifinais contra o Águia, em Marabá, ainda sem horário definido. Ao São Raimundo resta esperar pelo início da 1ª fase do Parazão 2013, que começa em dezembro.
O Paysandu poderia ter garantido a classificação na penúltima rodada, mas, ao deixar o Independente empatar, mal imaginava que estaria garantindo o bilhete para uma partida que teria contornos dramáticos.
Com risco até de ser rebaixado, o Papão, ainda que sem jogar um bom futebol, tomou as rédeas da partida logo no início. A má atuação do time esbarrava na condição clínica de Thiago Potiguar, que foi para o jogo no sacrifício depois de passar a noite ardendo em febre.
Sem contar com a criatividade de seu principal articulador, o Papão tornou-se refém da ligação direta entre a defesa e o ataque. O máximo da criatividade bicolor residia nas descidas pelas laterais, principalmente pela direita, ocupada por Yago Pikachu. O camisa 2, aliás, poderia ter aberto o placar caso Héliton tivesse conseguido cruzar uma bola quando se encontrava livre dentro da área do Pantera.
A primeira chance clara, porém, foi do São Raimundo, com Fernando Caranga. Na sequência da jogada, o Papão deu o troco com uma cabeçada rente à trave desferida por Adriano Magrão. Se 0 9 bicolor não conseguiu desencantar, mais uma vez, mostrou inteligência: depois da cobrança de escanteio, Labilá afastou de soco e viu Douglas pegar o rebote e mandar por cobertura para o gol. Como tinha Adriano Magrão voltando do gol, o goleiro alvinegro pediu que o gol fosse invalidado, mas como Magrão apenas caminhou, sem participar da jogada, o árbitro confirmou um gol.
Sem conseguir ameaçar a meta de Paulo Rafael, o técnico Charles Guerreiro resolveu partir para o tudo ou nada, e adotou uma estratégia inusitada: colocou Del Curuçá no lugar do lateral esquerdo Engleison, deslocando o meia João Pedro para a ala.
A alteração apenas evidenciou que Zeziel não poderia ficar incumbido sozinho da criação de jogadas, e deixou o Pantera entregue à sorte, fazendo dos chutões o único modo de se aproximar do gol. Em uma jogada na marra, quase Zé Rodrigues faz de bicicleta. E foi o máximo que o Pantera ameaçou.
À medida que o relógio corria, o desespero alvinegro só aumentava - a exemplo da quantidade de jogadores que o Paysandu deixava atrás do meio-campo. E sem conseguir superar o ferrolho bicolor, o Pantera assistiu a própria queda para a 1ª fase do Parazão, revoltando a torcida, que exagerou na dose e promoveu um quebra-quebra no estádio e ameaçou agredir jogadores das duas equipes.
Amazônia Jornal
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