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domingo, 15 de julho de 2012

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Ricardo da Silva Guerra faz juz ao nome. Em campo, é um guerreiro incansável, um perseguidor implacável aos adversários. A quem tem uma camisa diferente da sua e esteja com a bola. O volante Ricardo Capanema foi o único jogador contratado do futebol paraense para defender o Paysandu na Série C do Campeonato Brasileiro. Desde sua chegada pegou para si a camisa cinco e nunca mais a largou. Não só é titular como peça fundamental do sistema de jogo montado pelo técnico Roberval Davino. Velocidade e pensamento único em marcar e roubar a bola do adversário fazem dele o "cão de caça" do meio-de-campo bicolor.

Aos 27 anos, o jogador natural de Itaituba - a família mudou-se a Paragominas quando tinha cinco anos - se firmou sempre em times de menor expressão do futebol paraense. Chegou a ter uma chance em 2007 no Clube do Remo, mas a fase não era boa pelos lados do Baenão e não teve maiores oportunidades. Ele garante que vem mantendo uma boa média de atuações ao longo do ano, mas faltava visibilidade para que isso fosse confirmado. "Acho que demoraram para reconhecer minha qualidade", conta.

O que ele não nega é que 2012 pode ser o ano da virada na carreira. Mais experiente e ainda em excelente forma física, ele acredita que a atual temporada pode fazer com que alce voo mais altos. "Agora chegou o momento que vou agarrar com unhas e dentes para mostrar meu futebol e ajudar o Paysandu."

Curiosamente, nos dois últimos jogos em que esteve em campo Capanema foi expulso. Na final do Parazão, quando defendia o Cametá, e na estreia na Série C, já pelo Papão, ele recebeu dois cartões amarelos e, posteriormente, o vermelho. Por conta desse histórico recente, não demorou para que fosse taxado de violento. "Sou um jogador de choque e os cartões acontecem, mas nunca vou com maldade para machucar um companheiro", diz.

A presença de Davino à frente do elenco e uma mescla de experiência e juventude, além de qualidade, são fatores ressaltados pelo cabeça-de-área como uma boa explicação em caso de sucesso bicolor na busca pelo acesso. Capanema vê no Paysandu atual um elenco capaz de formar um time muito competitivo, não só por seus valores individuais como pela obediência tática que tem sido a principal característica da equipe. Na quinta-feira ele concedeu a entrevista abaixo, um dia antes de ser julgado no STJD e ser punido apenas com uma partida de suspensão, já cumprida, o que garante sua presença em campo amanhã, quando o Papão vai receber o Fortaleza-CE no Mangueirão.

 Depois do cartão vermelho recebido na estreia da Série C muita gente passou a comentar que você é um jogador violento e que tem que ter mais cuidado. Você concorda com essa imagem que alguns têm?

 Não, não concordo. Eu tento mostrar meu trabalho, dentro de campo sou um marcador. Tenho consciência que por causa da minha função eu posso levar cartões, amarelos ou vermelhos. Estou sempre junto, forte na marcação. Meu amigos e familiares sempre dizem para que tenha cuidado com isso porque minha imagem é de um jogador maldoso, o que não é verdade. Marco forte, duro, mas sem violência. Esse ano fui expulso duas vezes, nenhuma delas por faltas violentas. Eu sempre dou meu máximo e não vou mudar isso.


 Contra o Luverdense-MT você recebeu cartão vermelho depois do segundo amarelo. O primeiro foi por reter a bola. Por se tratar de um jogador que está sempre em contato físico com os adversários, esse tipo de lance não deveria ser evitado?

 Isso é normal no futebol, ninguém devolve a bola rapidamente, até para evitar um contra-ataque. Sempre damos a bola a um companheiro. Eu fiz a falta e dei a bola para o Régis e ele deixou passar, aí acabei levando o amarelo. Estou tranquilo quanto a isso. Foi um cartão bobo, mas é de jogo.


 Para muitos esse é o teu melhor ano como jogador de futebol. Você concorda com isso ou acha que demoraram demais a reconhecer o seu valor?

 Acho que demoraram para reconhecer minha qualidade. Sempre vinha fazendo bons Campeonatos Paraenses, me destacando em times considerados pequenos. Agora chegou o momento que vou agarrar com unhas e dentes para mostrar meu futebol e ajudar o Paysandu.


 O que deu errado na tua passagem pelo Clube do Remo?

 Cheguei quase no final do campeonato, o que complicou minha situação. O time já vinha numa fase ruim, o que deixou tudo mais difícil. Mas isso é passado.


 Com esse começo muito bom, o time sendo elogiado, você encara 2012 como o ano que pode ser o da virada em sua carreira?

 Tenho certeza disso. Estou num clube grande e que me dá condições de mostrar meu trabalho. Tenho um treinador muito bom e experiente. Espero que dê tudo certo para ir para um clube maior e fazer meu pé de meia. Pretendo jogar num clube de Rio ou São Paulo, tenho 27 anos, vontade e potencial. Acho que posso conseguir dar voos mais altos.

 O reconhecimento do jogador local continua sendo mais difícil?

 Capanema - É um pouco mais difícil, mas é o jogador que tem que mostrar serviço em campo. Não pode desistir nunca e tentar sempre estar em campo.


 Como foi seu começo no futebol

 Capanema - Jogava futebol amador em Capanema e fui convidado para um teste na Tuna com o (Carlos Alberto) Lucena. Me destaquei e fui aceito. Depois fui para o Ananindeua, onde foi um começo de carreira muito boa. Nesse meio tempo parei de jogar por cinco anos e fiquei só no futebol amador. Ganhava um troco nos jogos, mas era sustentado pelos meus pais.


 Com esse começo arrasador do Paysandu dá para ter uma boa expectativa que esse ano o acesso chega?

 Acredito que sim. O grupo está forte e focado. O professor Roberval tem muita experiência e tem feito um trabalho muito bom. O grupo é unido e isso facilita. Temos jogadores muito experientes que sabem o que tem que ser feito. A maioria já esteve em Campeonatos Brasileiros e isso ajuda demais. Não vejo briga, não vejo desentendimento de ninguém. Todos estão remando no mesmo rumo. Além do mais, essa valorização da base sempre dá certo. Todos os clubes que são dão bem valorizam a base e dão estrutura para ela. Agora o Paysandu tem jogadores de qualidade vindos da base e tenho certeza que eles nos ajudarão demais.

Amazônia Jornal

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