Últimas Notícias
Loading...
sábado, 4 de agosto de 2012

Treinador do Paysandu na campanha da Copa dos Campeões, diz que time não tinha 'referência' e que união era o segredo

Falar da história do Paysandu Sport Club e não tocar no nome do treinador Givanildo Oliveira é tentar não falar sobre a principal fase de glórias do Papão. Foi ele quem comandou o projeto que levou os bicolores a maior sequência de títulos, conquistando três vezes o Campeonato Paraense (2000, 2001, 2002), uma Copa Norte (2001), uma Série B do Brasileiro (2001) e a Copa dos Campeões (2002).
Aos 63 anos, atualmente treinando o América (MG), o pernambucano não esconde de ninguém que os primeiros anos do novo milênio vividos no clube paraense foram os melhores da carreira dele como treinador de futebol.

A união do grupo era o segredo para Givanildo Oliveira (Foto: O Liberal)

- Assumi o Paysandu em abril de 2000. Lembro que não tínhamos mais condições de inscrever ninguém e o time estava mal no Campeonato Paraense. Precisávamos vencer um jogo em casa para continuarmos na competição, acabamos conseguindo e depois fomos campeões. Foi quando começou tudo – conta o treinador.
É claro que a façanha só foi possível com a ajuda dos jogadores, um grupo que foi desacreditado por muitos, mas que Givanildo Oliveira fez questão de apostar. Em meio as dificuldades físicas e técnicas, o treinador procurou resolver cada situação.
- O Rogerinho tinha um problema no joelho, o Sandro estava com seis quilos a mais e o Vandick estava em uma fase muito ruim, mas eu sabia da qualidade deles. Fora isso tinha o Marcão e o Valentim também, que estavam mal. O que fiz foi só passar confiança pra eles e trazer as peças necessárias.

Competição foi mais uma prova de fogo
A disputa da Copa dos Campeões foi mais uma prova de fogo para o Paysandu, que vinha de vários títulos importantes. Em um grupo com Corinthians, Fluminense e Náutico, os bicolores eram considerados, pela maioria, fortes candidatos à lanterna. Mas, apesar disso, o treinador bicolor entrava na competição pensando alto.
- Todo mundo falava que seríamos os últimos, mas nós vínhamos bem, com vários títulos e sabia que poderíamos ir longe. Além disso, ainda tínhamos o torcedor a nosso favor. Era só uma questão de confiança, então, os jogos foram acontecendo e o time foi pegando corpo, tanto que classificamos em primeiro. Como nos colocaram pra jogar em casa, pois o Mangueirão vivia lotado, fomos crescendo.
Em 2002, Givanildo Oliveira viveu a melhor fase da carreira (Foto: O Liberal)

Torcedores do Papão comentam o segredo do elenco vencedor
O sucesso de Givanildo até hoje é lembrado com entusiasmo pelos torcedores do Paysandu. Para o estudante de direito Sandro Sarmanho, o elenco comandado por Givanildo durante a campanha de 2002 foi um dos melhores da história do clube, o que é confirmado pelo ex-técnico.
- Com certeza foi um dos melhores times que já comandei. Os jogadores queriam vencer e se uniram para conquistar os títulos - avalia Givanildo.

O biólogo Thiago Velasco, que acompanhou a campanha do Paysandu, considera que a partida mais complicada foi o segundo jogo da final - opinião partilhada pelo treinador bicolor da época.
- Acho que foi a final, em Fortaleza. Havíamos perdido o primeiro jogo e ainda por cima o Albertinho perdeu um pênalti no fim do jogo em Belém. Foi complicado fazer com que eles acreditassem ser possível - relembra.

O administrador Igor Gabriel, que acompanhou das arquibancadas a evolução da equipe na Copa dos Campeões, avalia que o feito histórico será lembrado por muitos anos. Mas será que na época da conquista, o treinador daquele time sabia que a vitória seria motivo de orgulho, mesmo dez anos depois?
- Sempre tive noção. Desde o início tive o reconhecimento da torcida e os jogadores também. É algo que ficará para a história - comenta Givanildo Oliveira.

Ausência de líder foi um dos pontos para a conquista
Quando se fala em grandes campanhas, logo se pensa em nomes de destaques. Mas no caso do Paysandu em 2002, esse destaque chama-se grupo. Com seu estilo ‘paizão”, Givanildo Oliveira conseguiu colocar na cabeça dos jogadores que o time era bom por ser unido, e os jogadores acreditaram na metodologia de trabalho.

- Não tínhamos um líder, um craque no time. Todo mundo corria por todo mundo e todo mundo orientava. O mais novo ouvia o mais velho, mas ele também tinha liberdade pra cobrar. Todos tinham espaço e comigo jogava aquele que estava melhor – explica Givanildo.

União do time era destaque do elenco bicolor
Para Givanildo, o Paysandu de 2002 não tinha um destaque individual, mas os torcedores certamente lembram do elenco que trouxe tantas alegrias para os corações bicolores 10 anos atrás.

globoesporte.com/pa

Veja também:

>> CLASSIFICAÇÃO SÉRIE B 2013

>> TABELA SÉRIE B 2013

>> MÚSICAS DO PAYSANDU

>> WALLPAPERS

>> HUMOR

>> GALERIA DE FOTOS

>> VÍDEOS DO FUNDO DO BAÚ

Receba Gratis Notícias do Paysandu em seu E-mail:

0 comentários: