A aposta na base por parte dos bicolores não é uma questão de confiança nas crias do clube. Por causa da farra da gastança sem critérios dos últimos anos, o Paysandu teve que entrar em ritmo de contenção de despesa. Sem dinheiro para voos mais altos, o jeito foi promover a subida da garotada para o profissional e manter os jogadores que interessavam e estavam dispostos a uma redução salarial.
Se para a torcida o carinho por quem representa o clube desde criança é igual á desconfiança do que uma time de quase imberbes pode fazer é praticamente igual, para o técnico Nad - este também vindo da base - há uma confiança enorme nos garotos. "Eles são da região, conhecem o futebol local e o clube. Têm que ter oportunidade de jogar e aproveitar", diz o treinador.
Como ex-jogador, Nad sabe muito bem como é esse primeiro momento e qual o obstáculos que seus pupilos terão que sobrepujar. "A ansiedade é o principal obstáculo. Eles têm que ter tranquilidade porque estão acostumados a defender o Paysandu. Todos estão se esforçando, dos que têm mais experiência aos que têm menos. Alguns ainda estão se adaptando ao profissional e terão que ser tranquilos para render bem."
Dos onze que vão a campo logo mais, sete são da base bicolor. Fora o volante Billy, todos os demais (Yago, Pablo, Tobias, Jaime, Neto e Luan) terão hoje a oportunidade de ser titulares do Paysandu. "O coração bate mais forte a cada dia que passa, mas a gente tem que ter tranquilidade nesses momentos para poder fazer em campo o que o professor orienta. Estou esperando essa oportunidade há um bom tempo", diz o lateral Yago.
"Eu acho que isso é normal, aquele friozinho na barriga, mas depois que a bola rolar ali dentro de campo tudo passa. A gente vai procurar fazer o melhor para ganhar o jogo e classificar o Paysandu. Os mais velhos falam para a gente que no passado conseguiram fazer um bom campeonato com um time em que a maioria era jogador paraense, então quem sabe a gente não repete esse feito?", completa o zagueiro Pablo.
Amazônia Jornal
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