São sete títulos de Campeonato Paraense no currículo, além de outras conquistas numa carreira vitoriosa com a camisa do Paysandu. Depois de quatro anos longe da Curuzu, o experiente goleiro Ronaldo está pronto para fazer a sua reestreia pelo Papão. Depois de muito suor, aos 36 anos ele diz que se sente bem preparado para atuar. “Foram dez dias para isso, para ficar à disposição. Alcancei um condicionamento bom e, se for o escolhido, estou preparado”, diz.
O reencontro com a torcida alviceleste acontece numa fase distinta àquela vivida por Ronaldo no auge da carreira, já que pelo sexto ano consecutivo os bicolores terão de lutar para conseguir o acesso ao Campeonato Brasileiro da Série B. Mesmo assim, o goleiro pede o apoio da Nação Bicolor. “Passamos por um momento de busca de confiança. A torcida está triste por causa da desclassificação recente da Série C. Isso pode deixá-la na primeira partida com o pé atrás, mas pedimos que ela venha ao estádio. Apesar de serem jogadores jovens, eles estão muito dispostos a colocar o Paysandu de novo no caminho da vitória. A presença dos torcedores ao nosso lado é muito importante para essa caminhada”, enfatiza Ronaldo.
A última vez que o arqueiro esteve no estádio bicolor foi em 2010, mas para jogar contra o time alviceleste, uma sensação um tanto quanto estranha para o arqueiro. “Foi diferente, afinal foram doze anos da minha carreira na Curuzu e me vi contra naquele dia, mas nesses momentos fala mais alto o lado profissional. Sempre respeitei muito e foi tranquilo aquele reencontro”, lembra Ronaldo, em alusão ao jogo entre Paysandu e Luverdense, pelo Campeonato Brasileiro da Série C. Na ocasião, ele defendia a equipe mato-grossense. Dessa vez, a expectativa de atuar diante da Fiel é enorme. O goleiro revela que bate uma
ansiedade normal depois de quatro temporadas fora, mas agora ele ressalta que a torcida estará ao seu lado. “Quero que o jogo chegue logo para passar o friozinho na barriga”, conta.
EM NÚMEROS
7 títulos do Campeonato Paraense fazem parte do currículo do goleiro Ronaldo, um veterano
que volta ao ninho bicolor.
Chegou a hora de mostrar o valor do Pará
Uns nasceram em Belém, outros em Barcarena. Há ainda aqueles de Santa Isabel, Castanhal, Cametá, mas também tem alguns naturais de outros Estados brasileiros. Do atual grupo bicolor, ainda em formação, apenas cinco jogadores não são paraenses, incluindo o experiente atacante Zé Augusto, nascido no Maranhão, mas paraense por adoção. A valorização do jogador local é vista pelo grupo bicolor como um diferencial para que o time possa ter sucesso nesta temporada.
Alguns jogadores chegam a usar a origem no próprio nome. O atacante Nenê Apeú e o zagueiro Diego Ourém são exemplos disso. Nascido em Curuçá, o atacante Heliton acredita que esta é uma boa oportunidade aos atletas paraenses do time. “Faz muito tempo que não se vê um time com tantos jogadores daqui do Pará, a maioria até de Belém mesmo. Eu tenho certeza que a gente vai fazer uma boa estreia”, promete.
Já o zagueiro Pablo, 20 anos, saiu de Tomé-Açu para morar na Curuzu. Ele é o mais cotado para formar a dupla da defesa titular ao lado de Tobias. Para a sua primeira partida no profissional o jovem confessa ansiedade. “Acho que isso é normal, aquele friozinho na barriga, mas depois que a bola rolar, dentro de campo tudo passa. A gente vai procurar fazer o melhor para ganhar o jogo e classificar o Paysandu”, aposta.
Diário do Pará
0 comentários:
Postar um comentário