Cercado de dívidas por todos os lados, o Paysandu está fechando a temporada numa 'ilha' que construiu ao longo de décadas. São salários atrasados, entre 1,5 e 4,5 meses para jogadores do atual elenco, períodos também variados para funcionários e parcelas de acordos fechados com credores na Justiça. Enfim, algo em torno de 2 milhões, sem contabilizar os valores em execução na Justiça do Trabalho, que o núcleo jurídico do clube ainda está mapeando. Nesse estado de asfixia, somente a esperada venda do artilheiro Rafael Oliveira pode permitir que o clube inicie 2012 com equilíbrio financeiro, mesmo tendo que pagar os R$ 50 mil mensais extras exigidos pela Justiça Trabalhista para o Fundo de Conciliação.
A projeção da dívida mais urgente em R$ 2 milhõesinclui as últimas parcelas de R$ 25 mil mensais para o ex-funcionário Almir Lemos, (demitido em 2005), de um valor total de R$ 350 mil, e R$ 500 mil da negociação com uma factoring que cobrava R$ 550 mil. É dinheiro emprestado pelo clube na última gestão de Artur Tourinho. O pagamento está parcelado até o final de 2014. Ou seja, só será quitado pelo sucessor de Luis Omar. O presidente informa que pelo acordo feito este ano na Justiça, basta o Paysandu atrasar uma parcela para a dívida com a factoring voltar ao valor original. O acordo foi feito depois que a Justiça bloqueou todos os patrocínios do clube em favor da instituição financeira.
A esperança de fazer dinheiro com Rafael Oliveira está nos contatos de um empresário argentino com clubes do exterior e em sondagens de clubes brasileiros como Internacional/RS e Botafogo/RJ. O atacante, de 24 anos, que está entre os cinco maiores goleadores do país na temporada, tem contrato com o Papão até o final de 2014, com multa rescisória de R$ 3 milhões.
Portal ORM
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